O Governo desistiu do TGV e da nova ponte sobre o Tejo. A linha de alta velocidade fica assim na gaveta, por causa da crise e do pedido de ajuda externa.
A semana passada, dois dias antes do pedido de ajuda externa, o primeiro-ministro deixava a garantia: o TGV era para continuar.
Um pouco antes, há cerca de dois meses, também o ministro das Obras Públicas destacou as vantagens da alta velocidade.
Seriam necessários quase oito mil milhões de euros.
O projecto encontra na crise e na ajuda externa uma paragem forçada.
À SIC, o gabinete de António Mendonça lembrou que o Executivo está demissionário por força do chumbo do PEC IV.
Recorda que entre as prioridades do Governo estava o novo aeroporto e a alta velocidade. Projectos interligados e quanto ao assunto, o Ministério das Obras Públicas nada mais tem a acrescentar.
Havia já acordos e parcerias. A Soares da Costa, por exemplo, estava agarrada ao troço Poceirão-Caia, entre a margem Sul do Tejo e a fronteira com Espanha.
No início deste mês, o presidente executivo da empresa veio dizer que tinham já sido investidos 150 milhões de euros no troço Poceirão-Caia, sem adiantar, no entanto, valores quanto a uma eventual indemnização.
Com o cancelamento da obra que deixa igualmente na gaveta a nova travessia sobre o Tejo essa é uma hipótese que se levanta.
Falta a justificação legal para fugir a esta factura.