O problema é crónico e, ao que parece, ainda está longe de uma solução definitiva. O número de vítimas de acidentes rodoviários no Algarve chega a sete por dia, entre ocupantes de veículos e peões, num total de 29 acidentes diários. No dia em que se assinalam cinco anos da introdução de portagens na Via do Infante, o Jornal do Algarve mostra como os acidentes continuam em ascendência nas estradas da região e como as portagens complicaram a vida de muitos algarvios. Para a Comissão de Utentes da Via do Infante, esta situação não pode continuar e requer medidas fortes e urgentes
Os dados da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), a que o JA teve acesso, indicam que o número de acidentes está a aumentar perigosamente na região algarvia.
Em 2014, foram registados 7.765 acidentes nos primeiros onze meses, enquanto no mesmo período do ano passado, esse número chegou aos 8.824 (mais 1.059). Mas este ano está a revelar-se ainda mais trágico nas estradas algarvias, com o número de acidentes a atingir os 9.584 (mais 760 em relação a 2015 e mais 1.819 comparativamente a 2014).
Ou seja, a cerca de vinte dias do fim do ano, o número de acidentes já está muito perto de ultrapassar os dez mil, um número muito acima do registado nos últimos anos.
Ainda de acordo com os relatórios da ANSR, em 2015, as estradas algarvias fizeram 2.489 vítimas (entre mortos, feridos graves e leves), o que dá uma média de sete vítimas por dia…!
Entretanto, esta quinta-feira (8), a partir das 13h00, realiza-se um debate e almoço-convívio, na sede do Motoclube de Faro, para assinalar o quinto aniversário da introdução das portagens no Algarve. Mais tarde, pelas 16h00, partirá do mesmo local uma marcha lenta de viaturas até ao Fórum de Faro, em protesto pela eliminação das portagens.
(NOTÍCIA PUBLICADA NA ÍNTEGRA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – DIA 8 DE DEZEMBRO)
Nuno Couto | Jornal do Algarve
Infelizmente a nossa democracia só serve para servir alguns. A voz da população é instrumentalizada pela oposição para ser ignorada quando estão no governo. Esta pode bem ser a razão da queda da democracia e o ascender de regimes menos amigáveis.