Topo do Algarve foi “montanha sagrada” para árabes

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Segundo os historiadores, Monchique deriva do topónimo árabe “Monte Saquir”, que equivale a “Montanha Sagrada”

Monchique foi uma das quatro montanhas sagradas do Al-Andaluz durante a ocupação árabe, juntamente com outras três montanhas no sul de Espanha. A autarquia vê neste legado uma “nova janela de oportunidades” para o concelho: Monchique tem um projeto para juntar-se aos municípios espanhóis e promover as “montanhas sagradas” em toda a Europa

 

“Os árabes disseram que estas eram montanhas sagradas. Os romanos aqui descobriram água que também disseram que eram sacras ou sagradas. Temos muito a aprender, a descobrir”, frisa o presidente da Câmara de Monchique, Rui André, perante estudos que reforçam a forte ligação do concelho ao legado islâmico.

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De acordo com os historiadores, existiam quatro montanhas sagradas no Al-Andaluz (território que englobava o Algarve e a Andaluzia).

O historiador Virgilio Enamorado, professor da Escola de Estudos Árabes de Granada e especialista em história medieval, que também tem especialização em língua árabe, revela que todas estas montanhas tinham a mesma designação – “Monte Saquir” – o que significa à letra “Montanhas Sagradas”.

Para além de Monchique – o chamado “topo do Algarve” – as outras três “montanhas sagradas” estão situadas nos municípios espanhóis de Montejaque (Málaga), Mojacar (Granada) e Montejicar (Almeria).

A ideia da autarquia algarvia é aproveitar este legado histórico e promover as “montanhas sagradas” em toda a Europa através de uma ação conjunta com os vizinhos espanhóis…

(Toda a informação na última edição do JA – nas bancas a partir de 10 de setembro)

Nuno Couto/JA

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