Trabalhadores colocados pela Serlima no grupo Pestana continuam a queixar-se

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Tiago Jacinto, coordenador do Sindicato da Hotelaria do Algarve

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Trabalhadores contratados pela empresa de trabalho temporário Serlima, para trabalharem nos estabelecimentos do Grupo Pestana, continuam a fazer queixas de falta de condições no alojamento e na forma como têm sido tratados.

Situações idênticas já tinham sido denunciadas pelo Sindicato da Hotelaria do Algarve que, agora, volta a lamentar o facto de existirem ainda mais casos.

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“Os trabalhadores dizem que foram alojadas 10 pessoas numa moradia T3, sendo que inicialmente nem havia camas para todos”, garante Tiago Jacinto, coordenador daquele sindicato.

O mesmo responsável sindical explica que se trata de trabalhadores “que a Serlima traz de todo o continente e ilhas, pagando-lhes a viagem para o Algarve, e que são, segundo os queixosos, sujeitos a condições de alojamento precárias e a condições de trabalho bastante duras, como acontece no serviço de andares onde chegam a ter mais de 25 quartos para limpar num dia”.

Um dos trabalhadores denunciou que tinha acordado trabalhar até dia 29 deste mês, mas, inesperadamente, a empresa chamou-o ontem aos escritórios para lhe dizer que estava despedido. “Na noite passada foram dois responsáveis da Serlima falar com o trabalhador para lhe oferecerem o pagamento até dia 29, se este fosse amanhã embora. Segundo contou o trabalhador, como não aceitou a proposta foi alvo de ameaça em frente a sete colegas que estavam no local”, assegura Tiago Jacinto.

Para o Sindicato da Hotelaria do Algarve, este é o resultado “de uma política que precariza cada vez mais as relações de trabalho, permitindo dessa forma o agravamento da exploração e da precarização da vida dos trabalhadores”. E defende que “é urgente por termo a esta situação”, já que “os trabalhadores têm de ser tratados com respeito e dignidade”.

O Sindicato da Hotelaria do Algarve exige que a Autoridade para as Condições do Trabalho “tenha uma intervenção fiscalizadora e punitiva para por termo a situações como esta” e reafirma que “é urgente revogar as normas gravosas do Código do Trabalho que promovem a precariedade e os baixos salários”.

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