Trabalhadores das estufas ‘Sudoberry’ queixam-se de trabalho escravo

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Os trabalhadores agrícolas das estufas da Sudoberry, no concelho de Odemira, manifestaram-se esta sexta-feira nas instalações da empresa, por melhores condições de trabalho.

Segundo avançou a SIC Notícias, exigem clareza no pagamento de horas de trabalho, mas também mais pausas durante as colheitas. Queixam-se de chegar a fazer turnos de 12 horas apenas com direito a uma paragem de meia hora para almoço.

Fartos do silêncio da empresa, os trabalhadores avançam até ao escritório no final da jornada de colheita.

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Souberam que o administrador da exploração agrícola está nas instalações. Os salários em atraso deram o impulso de coragem para o protesto.

As queixas estendem-se à higiene das casas de banho e do refeitório, mas sobretudo à intransigência de quem define as condições em que trabalham.

Com cerca de 50 hectares de estufas, a Sudoberry é um dos grandes produtores agrícolas de São Teotónio. Está por esta altura a colher framboesas para grandes superfícies em Portugal e no resto da Europa.

Quem aqui trabalha sabe que assinou um contrato, que lhe foram prometidos 6,22€ por hora, mas não percebe como é pago. Um trabalhador questiona por que razão recebe tanto quem está ao serviço 20 dias como quem está 26. A folha salarial parece não dar as respostas que procuram.

Aos trabalhadores, na maioria vindos do Nepal, da Índia e dos Paquistão, mas também de Marrocos ou da Bulgária, a administração vai prometendo respostas nos próximos dias, mas, nem por email, nem à saída, respondeu às questões colocadas pela equipa de reportagem da SIC.

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