Trabalhadores não clérigos da Diocese do Algarve em lay-off

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A Diocese do Algarve colocou em lay-off vários trabalhadores não clérigos devido à quebra de receitas, devido à suspensão de atividades de culto e da pandemia de COVID-19, anunciou o Gabinete de Informação da Diocese do Algarve (GIDALG). 

“Esta medida não abrange nenhum elemento da hierarquia da Igreja, apenas os trabalhadores das fábricas das igrejas”, como os secretários paroquiais ou funcionários de museus, disse à agência Lusa o padre Miguel Neto, do Gabinete de Informação da Diocese do Algarve (GIDALG). 

O regime de lay-off foi adotado para os trabalhadores do Centro Pastoral de Ferragudo, em Lagoa, da Casa de Retiros de São Lourenço do Palmeiral, em Armação de Pêra, da loja de artigos religiosos de Faro, do Museu da Casa Episcopal e do Seminário de São José, também em Faro. 

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Os funcionários dos cartórios paroquiais podem também vir a ser abrangidos por este regime, mas a fonte considera que a medida “não parece ser aplicável aos párocos e outros sacerdotes, pois não têm propriamente um contrato de trabalho”. 

Segundo o pároco, “a missão do padre continua a existir” e os mesmos não “deixam de trabalhar”, pois apesar da suspensão das celebrações comunitárias, “os sacerdotes continuam a celebrar em privado, já para não falar das exéquias e outras celebrações e atividades”.  

As dificuldades financeiras afetam todas as paróquias do Algarve, mas sobretudo aquelas “que se situam em zonas geograficamente deprimidas, como a serra”. 

“Não havendo reuniões de fiéis, ou estando os museus e outros centros de atividades encerrados, não se podem realizar coletas. Alguns fiéis mais conscientes enviam por transferência bancária as suas ofertas”, realçou. 

Tal como no resto do país e no mundo, os fiéis acompanham diariamente celebrações e momentos de oração através da internet. 

A Diocese do Algarve prevê que em “meados de maio ou princípio de junho” se possam retomar as celebrações comunitárias, com entradas controladas e encaminhamento para lugares previamente marcados, além de outros condicionalismos.  

“Os próximos meses serão também economicamente difíceis para a região do Algarve, que conhece quebras no turismo muito acentuadas e cuja retoma pode ser complicada e demorada e isso é para a Igreja uma grande preocupação, pois o desemprego dos algarvios vai trazer novas fragilidades sociais”, concluiu. 

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