Trabalhadores portugueses entre os mais desiludidos com o emprego

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Portugal é um dos países com maiores níveis de stresse e desilusão em matéria de emprego. Situação que pode colocar em risco a situação económica do país, uma vez tal facto pode refletir-se negativamente na sua produtividade, revela um estudo internacional.

Os trabalhadores portugueses são dos mais pessimistas em relação às condições de trabalho e aspirações profissionais. Trabalhadores de 29 países foram entrevistados pela GfK Custom Research, agência do grupo GfK, no sentido de perceber qual a relação que os trabalhadores têm com o seu emprego, o que é considerado relevante para a situação económica e produtividade de um país.

Em Portugal, o estudo foi realizado entre os dias 11 e 22 de Fevereiro, antes do pedido de ajuda internacional. Já nessa altura, 10% dos 547 inquiridos admitiam a possibilidade de não manter o seu emprego. Outros tiveram de enfrentar reduções salariais e noutras regalias: sentiram cortes no salário (46%), nos subsídios de férias e de Natal (10%), alimentação (8%) e perderam regalias, como o telemóvel ou carro da empresa (10%).

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Nesta conjuntura nacional, o stresse impera. Tal como a incapacidade de conciliar a esfera privada e profissional, o que afeta cerca de 40% dos portugueses, face a 31% da média europeia.

Jovens trabalhadores são os mais afectados

Considerando a atual conjuntura do mercado de trabalho, os jovens entre os 18 e 29 anos são o grupo mais preocupado e atingido por dificuldades laborais na generalidade destes países. Mais de um terço vê-se obrigado a aceitar empregos que não gosta, ou que inicialmente não tinha ponderado. Para além disso, cerca de 40% dos jovens trabalhadores sentem-se frequentemente stressados e preocupados e, ainda, pressionados para trabalhar durante muitas horas.

Em Portugal, a “geração à rasca” não é exceção. Dos jovens portugueses, apenas 7% revelam afinidade com o seu emprego, dados que podem provocar sérios problemas ao nível da produtividade de um país. E, ainda mais, numa economia em recessão.

JA/Rede Expresso
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