TRAGÉDIA VIA DO INFANTE: Acidente trágico e por explicar

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Doença súbita do motorista é uma das hipóteses para justificar o acidente que fez capotar o autocarro que transportava 33 turistas holandeses

Não se sabe a hora exata em que entraram no autocarro para seguirem viagem rumo aos seus hotéis de destino, mas o início de férias de um grupo de turistas holandeses acabados de chegar ao aeroporto de Faro ficou irremediavelmente comprometido cerca das 23h de quarta-feira, quando um acidente na Via do Infante os colocou como notícia de abertura dos jornais e noticiários. Pelas piores razões.

Três dos passageiros morreram e os restantes 31 precisaram de receber assistência médica (motorista incluído) depois de um autocarro da Frota Azul ter capotado ao quilómetro 48 da A22, sentido Faro-Portimão. Porquê não se sabe ainda. Uma súbita indisposição do motorista, que se terá sentido mal, podendo mesmo ter chegado a desmaiar, é uma das hipóteses colocadas para justificar o acidente, mas caberá ao Núcleo de Investigação Criminal de Acidentes de Viação do destacamento de Faro apurar o que se passou.

Ao que o Expresso conseguiu saber, o testemunho recolhido junto das pessoas feridas com menos gravidade aponta nesse sentido, ainda que nenhuma fonte oficial o confirme. “O caso está nas mãos da GNR”, limita-se a dizer ao Expresso o comandante dos Bombeiros Voluntários de Albufeira, António Coelho, salientando a prontidão do socorro prestado.

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“O alerta foi dado às 23h02, dando conta de um acidente na Via do Infante”, cuja dimensão se tornou mais clara “à chegada dos primeiros meios”, quando se percebeu estar diante de algo “realmente aparatoso”. O plano de prevenção foi então acionado, acrescentou António Coelho, e, segundo ele, “o apoio começou a chegar depressa”, logo a partir das 23h25. Ao todo, a operação envolveu 156 operacionais, 61 veículos e dois helicópteros de emergência, precisa o comandante dos bombeiros de Albufeira.

Dado que todos os turistas têm nacionalidade holandesa, a embaixada do país está a acompanhar o caso, estando o seu representante diplomático já no Algarve para prestar assistência às vítimas do acidente. Esta quinta-feira de manhã, quando o Expresso procurou mais pormenores, o gabinete de imprensa da embaixada sabia apenas o que a comunicação social tinha avançado, prevendo que ao final do dia mais informação possa ser adiantada, nomeadamente em relação à identidade das vítimas mortais.

De resto, sabe-se apenas que os turistas tinham por destino alojamentos de Armação de Pêra, Praia da Rocha e Lagos, havendo pelo menos uma criança entre o grupo. Ouvidos pela TSF, há passageiros a queixar-se de não estarem a ser devidamente acompanhados pelo operador turístico através do qual viajaram, a agência Tui, que já o desmentiu à mesma estação de rádio. Contactada pelo Expresso, uma funcionária da empresa recusou prestar qualquer esclarecimento sobre o caso.

Dos feridos ainda internados esta manhã – oito no total – apenas um caso inspirava mais cuidados, o caso de uma mulher de 64 anos com prognóstico “muito reservado”, segundo informou João Ildefonso, chefe de equipa do serviço de urgência do Hospital de Faro.

Um outro ferido foi ainda de madrugada transferido para o Hospital de São José, em Lisboa, com um traumatismo craniofacial.

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