Três dias de luto académico pela morte de António Rosa Mendes

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A Universidade do Algarve decretou três dias de luto académico pela morte de António Rosa Mendes, ontem, dia 4 de junho.

Professor na Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, lecionou disciplinas de História da Cultura, História do Algarve e Direito do Património Cultural. Era Diretor da Biblioteca da Universidade. Coordenou o curso de mestrado em História do Algarve e foi responsável pelo Centro de Estudos de Património e História do Algarve (CEPHA).

Natural de Vila Nova de Cacela, estudou em Faro. Licenciou-se em História e em Direito. Mestre e Doutor em História, António Rosa Mendes era um professor exemplar e muito contribuiu, nos últimos anos, para impulsionar a investigação científica em torno da História do Algarve. Em 2005 foi presidente de “Faro, Capital Nacional da Cultura”.

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O Reitor da Universidade do Algarve, João Guerreiro, afirmou “lamentar profundamente o desaparecimento deste investigador e recorda António Rosa Mendes como um personagem comprometido com a região algarvia, com uma sólida personalidade e uma cultura invejável, sempre disponível para as iniciativas que conduzissem à valorização do conhecimento. Cultivando uma fina ironia, António Rosa Mendes, aproveitava todas as oportunidades para evocar o ‘seu Algarve’. Como professor, deixa seguramente uma imensa saudade junto dos seus alunos pela forma como se entusiasmava nas suas aulas em torno das matérias relacionadas com a História do Algarve. Perde-se, além de mais, um amigo de trato elegante, animador entusiasmado de tertúlias e companheiro exigente de lutas sociais”.

A vigília fúnebre realizar-se na casa mortuária de Vila Real de Santo António, até à próxima quinta-feira, dia 6, e os últimos rituais decorrerão na igreja de Cacela, após o que o corpo será sepultado no cemitério local.

António Rosa Mendes faleceu ontem no Hospital de Faro, onde estava internado há cerca de mês e meio, lutando contra a pneumonia dupla que o vitimou.

Em comunicado, o presidente da Câmara de Faro, Macário Correia, considerou que “foi uma personalidade marcante da vida académica, cultural e política do Algarve”. “Faro tem para com ele uma enorme gratidão. Foi ele que dirigiu o projeto da Faro, Capital Nacional da Cultura 2005, dando a esta cidade uma política cultural marcante nesse período”, acrescentou Macário Correia.

Após a sua morte muitas têm sido as reações todas elas realçando as suas qualidades humanas e profissionais.

O Jornal do Algarve também perde um colaborador que escreve neste semanário desde a sua adolescência.

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