Tribunal ordenou a libertação do ex-Presidente egípcio, acusado num caso de corrupção, mas deverá ficará detido por outro crime.
Um tribunal no Cairo ordenou hoje a libertação do ex-Presidente egípcio, Hosni Mubarak, detido por desvio de fundos públicos, entre outros crimes.
O advogado de defesa, Farid el-Deeb, diz acreditar que Mubarak será colocado em liberdade condicional ainda esta semana, após ter expirado o prazo de prisão preventiva, faltando apenas algumas questões burocráticas.
Mas segundo o “The New York Times”, o antigo presidente do Egito, que apresenta uma saúde frágil, deverá manter-se detido por ser acusado de cumplicidade na morte de mais de 850 manifestantes nos protestos pacíficos que levaram à queda do seu regime.
Além disso, as autoridades egípcias querem mantê-lo preso, uma vez que a sua libertação poderia aumentar a instabilidade no país, que nos últimos dias tem sido palco de vários confrontos entre apoiantes de Mohamed Morsi, o primeiro presidente eleito democraticamente no Egito, e a polícia, acrescenta o jornal.
Hosni Mubarak, de 85 anos, foi deposto em fevereiro de 2011 e condenado a prisão perpétua em junho de 2012, mas um tribunal superior decidiu que o ex-ditador seria julgado de novo.
Detido guia supremo da Irmandade Muçulmana
Entretanto, o líder Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, foi capturado esta noite num apartamento perto da praça Rabaa al-Adawiya, no Cairo.
Mohamed Badie, guia Supremo da Irmandade Muçulmana, movimento que apoia o Presidente deposto Mohamed Morsi, foi capturado num apartamento próximo da praça Rabaa al-Adawiya, onde dezenas de manifestantes islamitas foram massacrados na passada quarta-feira pela polícia e exército.
Joao Fernandes Do Brito liked this on Facebook.