Tropas de Kiev capturam ‘forças especiais russas’

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O porta-voz militar do Governo ucraniano, Andriy Lysenko, declarou este domingo que o batalhão de voluntários Aidar capturou dois soldados russos na cidade de Shchastya, perto da linha da frente dos combates entre as forças fiéis ao Governo de Kiev e os separatistas pró-russos. Sem mais detalhes, Lysenko anunciou que os investigadores ucranianos estavam a questionar os homens.

O conflito entre os rebeldes pró-russos e o Governo ucraniano dura há mais de um ano e já tirou a vida a mais de seis mil pessoas. O Ocidente tem acusado constantemente a Rússia de apoiar os separatistas com soldados e armas, mas o Kremlin nega qualquer envolvimento.

Anton Gerashchenko, deputado do Parlamento ucraniano, partilhou este domingo um vídeo de cerca de oito minutos que mostrava o interrogatório a um dos alegados soldados russos detidos. Deitado numa cama de hospital, o jovem apresenta-se como sargento Alexander Alexandrov das forças especiais russas de Togliatti, a cerca de mil quilómetros da Ucrânia. Afirma pertencer a um grupo de 14 homens e garante estar em Luhansk desde o dia 6 de março, em rotação na cidade de Shchastya a cada quatro a cinco dias.

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Medo do tráfico de órgãos

Segundo o médico de serviço do batalhão Aidar, Gregory Maksimets, o nome do segundo soldado capturado é Ievgen Ierofeyev. “Como sempre nestes casos, os sabotadores russos estavam muito preocupados com os seus órgãos. Temiam que os médicos lhos tirassem para depois os vender. Segundo os prisioneiros, é assim que os comandantes assustam os seus soldados”, escreveu Maksymets na sua página de Facebook.

O vídeo partilhado ainda não foi confirmado por nenhuma organização independente e a Rússia ainda não comentou as alegadas detenções dos seus soldados. Na semana passada, ativistas da oposição russa publicaram um relatório, compilado originalmente pelo severo crítico de Kremlin – Boris Nemtsov, assassinado em fevereiro –, alegando que 220 soldados russos morreram em duas importantes batalhas no leste da Ucrânia, o que contraria o alegado não-envolvimento da Rússia no conflito.

A primeira vez que as forças ucranianas capturaram soldados russos foi em agosto do ano passado, com 10 paraquedistas a serem feitos prisioneiros. O ministério de Defesa russo declarou, na altura, que os homens tinham cruzado a fronteira “acidentalmente”, durante uma patrulha de rotina.

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