Num discurso de apelo à união, Alexis Tsipras defendeu esta manhã no Parlamento Europeu que os gregos escolheram uma “solução justa” no referendo do passado domingo, votando contra a austeridade imposta pelos credores.
“O povo grego reforçou o mandato para que se encontre uma solução justa. Não foi um mandato para a rutura com a União Europeia (UE). O ‘não’ do povo grego nao é uma opção de rutura com a Europa, mas de regresso aos valores que estão na base da democracia europeia. A UE tem de ser democrática ou enfrentará graves dificuldades para sobreviver”, declarou o primeiro-ministro helénico na sede do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
“Não é um problema só da Grécia, é um problema europeu que exige solução europeia”, insistiu.
Sublinhando que os cidadãos gregos enfrentaram nos últimos anos sacrifícios sem precedentes, Alexis Tsipras afirmou que nenhum país da zona euro foi alvo de um programa de austeridade tão duro como o da Grécia.“Assumo a responsabilidade pelos eventos dos últimos cinco meses, mas problemas na Grécia duram há cinco anos. O país transformou-se num laboratório experimental de austeridade”, disse perentório.
O chefe do Executivo grego garantiu que a sua equipa está a trabalhar arduamente com vista a evitar um rutura com a Europa. “As propostas gregas incluem reformas credíveis e insistem na necessidade de se começar a discutir um alívio da dívida. Precisamos de um programa com base no crescimento, sem isso não podemos sair da crise.”, acrescentou.
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