Turista suíça violada na Índia: Cinco homens confessaram participação

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A polícia já deteve  cinco homens que confessaram ter participado na violação coletiva de uma cidadã suíça  na Índia, três meses depois de um outro caso ter despoletado a revolta no país com eco em todo o mundo.

O ataque deu-se na sexta-feira à noite no estado de Madyha Pradesh, no centro do país. A mulher de 39 anos viajava de bicicleta com o marido de Orchha com destino a Agra quando decidiram acampar na aldeia de Jhadia para passar a noite.  De acordo com as autoridades indianas, um grupo de homens agrediu o marido com paus e amarrou-o para depois violarem a mulher diante dele.

Os agressores roubaram ainda vários pertences do casal, entre eles, um celular e dez mil rupias (cerca de 140 euros).

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A turista foi hospitalizada na cidade de Gwailor. Estava consciente e prestou depoimento. A embaixada da Suíça no país reagiu pedindo uma investigação detalhada do caso.

Suspeitos detidos

Entretanto, foram detidos oito suspeitos para interrogatório e cinco deles já confessaram o seu envolvimento na violação, revelou hoje a polícia indiana.

Os suspeitos, com idades entre os 20 e os 25 anos, são agricultores da tribo local Kanjar e vão continuar presos, mas as confissões não deverão ser admissíveis como prova em tribunal, uma vez que, sob a lei indiana, raramente o tribunal aceita este tipo de testemunhos, por serem considerados pouco credíveis e involuntários.

Violação em autocarro recordada

O incidente trouxe à memória um outro caso amplamente divulgado pelos media internacionais e que desencadeou vários protestos pela proteção das mulheres. Em dezembro do ano passado, uma estudante de medicina de 23 anos não resistiu aos graves ferimentos de uma violação coletiva num autocarro em Nova Deli, ocorrido na presença do namorado.

O Parlamento indiano aprovou esta semana um projeto de lei que prevê medidas mais duras para os violadores, nomeadamente a pena capital, caso a vítima morra ou fique em estado vegetativo irreversível.

A segurança das mulheres e das meninas na Índia, país com 1,2 mil milhões de habitantes, é motivo de preocupação, não só devido às violações, mas também à violência doméstica, que mata milhares de pessoas todos os anos, segundo ativistas dos direitos humanos.

JA/Rede Expresso
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