Os manifestantes continuam, pelo terceiro dia consecutivo, nas ruas de Kiev a pedir a demissão do Governo liderado por Mykola Azarov.
“O que nós pretendemos é a queda do Governo e do Presidente”, disse ao “The New York Times” Oleksiy Ivannikov, um dos manifestantes que continua na Praça da Independência no centro capital ucraniana.
O bloqueio aos edifícios governamentais mantém-se, mesmo depois do Governo ter sobrevivido ontem no Parlamento a uma moção de censura. O primeiro-ministro avisou hoje os manifestantes seriam punidos se tentassem impedir a entrada dos membros do Governo para a reunião de hoje do Conselho de Ministros.
A onda de protestos no país começou depois do presidente Viktor Yanukovich se ter recusado a assinar um acordo comercial com a União Europeia, preferindo recuperar a relação com a Rússia.
Yanukovich partiu hoje para China e para a Rússia, duas viagens onde irá procurar uma solução para a bancarrota ucraniana. “Apesar da nossa situação não ser apropriada para fazer visitas de Estado, se eu cancelasse estas visitas a economia do Estado iria sofrer”, justificou-se ontem o presidente na televisão.
Carolina Reis (Rede Expresso)