Bruxelas poderá dissolver a troika – o triunvirato constituído pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu – como um gesto de boa vontade para com os gregos.
Segundo o “El País” desta segunda-feira, trata-se de uma concessão da União Europeia à Grécia, mas só no caso de Atenas cumprir com todos os compromissos assumidos aquando da entrada da troika no país.
Símbolo máximo da austeridade na Europa nos últimos cinco anos, a troika poderá estar à beira do fim. Mas não a austeridade.
Segundo as fontes ouvidas pelo diário espanhol, Bruxelas procura uma “solução de compromisso” para ir ao encontro das exigências do governo grego e dos parceiros europeus. A proposta poderá ainda envolver facilidades no pagamento da dívida. Mas nunca passará pelo perdão da mesma. No máximo, ampliação de prazos de pagamento e redução dos juros. A única exigência: a Grécia deverá levar os seus compromissos até ao fim.
Esta poderá ser a moeda de troca da Comissão Europeia nas negociações com o Executivo grego, que quer chegar já a um acordo e passar ao passo seguinte do resgate grego, este mês: uma nova linha de crédito, considerada de “precaução”. No fundo, o denominado “regaste brando”, conta o ‘El País.
A Comissão Europeia, liderada por Jean-Claude Juncker, está consciente de que o sucesso desta proposta depende das negociações com os parceiros europeus que arrancam esta semana, com as várias reuniões do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e do seu ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, em Paris, Londres, Roma e Bruxelas.
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