Últimas chuvas que foram parar às barragens dão para menos de um mês de consumo de água no Algarve

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As chuvas dos últimos dois dias, impulsionadas pela depressão Elsa, provocaram um acréscimo de 0,8 milhões de litros no sistema de barragens Odeleite/Beliche, a sotavento da região, e 5,1 milhões na barragem de Odelouca, no barlavento, mas no total a quantidade que choveu nas últimas horas dá para menos de um mês de consumo médio no Algarve (29,5 dias).

Assim, aquelas três barragens, que abastecem toda a região do Algarve, estão muito longe de atingir as suas capacidades totais, reconheceu ao JA fonte da Águas do Algarve.

Para que se possa aferir de como o acréscimo é pequeno no volume total da água, refira-se que as duas barragens do sistema a sotavento comportam um total de 151,89 hectómetros cúbicos de volume útil (aquele que pode ser utilizado), mas apenas tinha 33,98 hectómetros em reserva. De acordo com os dados das águas do Algarve, terá agora 34,78 hectómetros cúbicos, o que representa um acréscimo de apenas 2,35%.

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Aquele valor representa cerca de 1% das necessidades anuais do Algarve, que ascendem a 73 milhões de hectómetros cúbicos. Os 0,8 milhões de hectómetros que choveu no conjunto de barragens do Lester algarvio dão precisamente para quatro dias.

No total, o que as barragens cresceram nas últimas horas (5,9 hectómetros cúbicos) chegam para provir as necessidades algarvias durante 29,5 dias. Em média, isto é, calculando um dia típico que represente a média de consumos entre as máximas de verão e as mínimas de inverno.

No que respeita a Odelouca, que comporta 128,20 hectómetros cúbicos de carga útil e tinha 25,78 hectómetros antes das chuvadas (mais precisamente a 13 de dezembro), cresceu para 30,78 hectómetros, o que que representa um acréscimo de 19,8%.

Os valores ainda deverão sofrer variações face às previstas escorrências de água queestão a ocorrer a partir dos terrenos vizinhos.

Na última medição oficial, sexta-feira da passada semana (13 de dezembro), Odelouca atingia 25,78 hectómetros cúbicos (20,11% da sua capacidade útil máxima de 128,20 h3), Odeleite tinha 21,52 h3 (19,78% dos 108,80 possíveis) e o Beliche tinha 7,35 h3 (17,14% da sua capacidade útil máxima, de 42,89%).

João Prudêncio

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