Últimas manifestações no Brasil somaram mais de um milhão nas ruas

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Os protestos sobem de tom no Brasil e na última noite espalharam-se a 25 cidades, forçando Dilma Rousseff a cancelar uma viagem ao Japão e a convocar uma reunião de emergência.

Sem dar sinais de tréguas, o Brasil continua em peso nas ruas, fazendo crescer os protestos que, durante toda a semana, têm provocado confrontos entre manifestantes e polícia, obrigado a inversões políticas internamente e colocado o país no centro da atenção internacional.

Ontem, mais de um milhão de pessoas protestaram em pelo menos 25 cidades. Em várias delas os confrontos subiram de tom, havendo a registar um morto, em Ribeirão Preto, quando um carro acelerou em direção dos manifestantes, atropelando um jovem de 18 anos. Mais de cem pessoas acabaram feridas.

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Como vem acontecendo, escreve a “Folha de São Paulo”, os edifícios públicos foram alvo preferencial para os manifestantes, que arremessaram cocktails mototov e tentaram forçar os acessos de sedes de prefeitura e do governo, prédios da Assembleia Legislativa e do Tribunal de Justiça.

A resposta policial repetiu-se em vários cenários: foram disparadas balas de borracha, gás lacrimogéneo e as chamadas bombas de efeito moral, que provocam uma forte explosão e libertam uma nuvem de pó.

Junto ao Palácio do Planalto, em Brasília,onde estava a Presidente brasileira, concentraram-se cerca de 30 mil pessoas. Dilma Roussef, que assistiu aos protestos, cancelou uma viagem oficial ao Japão para acompanhar a situação no seu país e convocou para hoje uma reunião de emergência com alguns dos seus ministros.

Nem mesmo o anunciado cancelamento do aumento das tarifas dos transportes – o motivo inicial para as manifestações – acalmaram os ânimos. Os brasileiros exigem agora transportes gratuitos, melhores condições na saúde e educação e contestam os gastos com o Mundial-2014.

Mafalda Ganhão (Rede Expresso)
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