Um em cada cinco portugueses corre risco de pobreza

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Em 2012, um em cada cinco portugueses enfrentou risco de pobreza, e esse risco foi 3,5% superior nas famílias com crianças a cargo. Dados provisórios do Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICVR) retratam um país mais pobre, mais triste, onde “20,5 % da população com mais de 15 anos” não tem dinheiro para “substituir a roupa usada por alguma roupa nova”.

Com a natalidade em queda, cresceu o risco de pobreza das famílias monoparentais e dos casais com três ou mais filhos, para 33,6% e 40,4% respetivamente. A situação de desproteção com que lidam estas famílias contribuiu para que o grupo das pessoas que vivem sozinhas deixasse de liderar a tabela de risco de pobreza, como acontecia desde 2004, ano em que o ICVR foi feito pela primeira vez.

A verdade é que o risco de pobreza das pessoas que vivem sós atinge um em cada cinco indivíduos deste grupo, de acordo com os dados do inquérito hoje divulgado. O abandono da liderança da tabela dos mais pobres é – na verdade – ‘falso’, e só acontece porque o risco de pobreza das famílias com filhos se agravou.

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Este risco também aumentou 1,9% em 2012 no caso dos desempregados, atingindo 40,2% dos elementos deste grupo.

O número de portugueses em risco de pobreza cresceu 6,8% em três anos, passando de 17,9% em 2009 para 24,7% em 2012, de acordo com os dados deste inquérito do INE – Instituto Nacional de Estatística.

A incidência do risco de pobreza para os menores de 18 anos é ainda maior, registando um crescimento de 4,8% em apenas um ano: passou de 26,1% em 2011 para 30,9%.

RE

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