O incêndio que lavrou entre 3 e 10 de agosto deixou um rasto de destruição por toda a serra de Monchique, afetando principalmente uma população pobre e idosa. Quatro meses depois, as respostas tardam em chegar. A Plataforma Ajuda Monchique, que esteve na linha da frente do apoio às vítimas, alerta que “ainda existem desafios sociais e ambientais” que preocupam as vítimas
Já passaram quatro meses desde o incêndio que deflagrou em Monchique, no dia 3 de agosto, e que demorou uma semana a ser dominado, afetando também os concelhos de Silves, Portimão e Odemira. O fogo provocou 41 feridos, a maioria por inalação de fumo, e consumiu cerca de 26 mil hectares, destruindo 74 habitações e uma vastíssima área de terrenos agrícolas.
Quatro meses passados, os problemas ainda persistem, especialmente nas freguesias de Alferce e na zona da Perna da Negra, onde se concentram a maioria dos 370 casos identificados pela Plataforma Ajuda Monchique.
“Uma parte considerável da população afetada é idosa e depende de subsídios e benefícios sociais para a sua sobrevivência”, acentua o movimento solidário, apontando falhas nos apoios institucionais às vítimas do incêndio.
A própria população revela que tem sobrevivido mais com a ajuda de voluntários e das instituições de solidariedade do que com as respostas do Estado, que “demoram muito tempo a chegar ao terreno”.
“Passados quatro meses desde a fase de emergência, existem ainda desafios sociais e ambientais que preocupam a sociedade civil, e que a sua resolução deve estar na agenda das autoridades e da própria comunidade”, adverte a Plataforma Ajuda Monchique…
(NOTÍCIA COMPLETA NA ÚLTIMA EDIÇÃO DO JORNAL DO ALGARVE – NAS BANCAS A PARTIR DE 6 DE DEZEMBRO)
Nuno Couto|Jornal do Algarve