Os dados são animadores e foram apresentados numa das conferências sobre retrovírus e infeções oportunistas, realizadas em Seattle. Segundo um estudo da ANFE, a utilização diária do comprimido Truvada – antes e depois de relações sexuais entre homossexuais – pode reduzir o risco de contágio do vírus do VIH em 86%.
As conclusões foram apresentadas pelo professor Jean-Michel Molina -do hospital parisiense Saint-Louis – que se mostrou entusiasmado com os resultados obtidos: “Estes dados demonstram que a utilização do Truvada se pode revelar melhor do que uma vacina”. Ainda assim, insitiu que o preservativo é “a melhor das prevenções”.
Para o estudo contribuíram 414 homossexuais de nacionalidade francesa e canadiana com uma média de idades de 35 anos. O grupo de homens foi depois dividido em dois, tendo metade usado um medicamento placebo, e a outra metade recorrido ao comprimido Truvada. Após 13 meses de testes, foram encontrados 16 pacientes contagiados com o VIH, dos quais apenas dois haviam tomado Truvada – os restantes 14 tomaram medicação placebo.
Os dados apresentados levaram a que a Organização Mundial de Saúde desse a sua autorização ao uso do medicamento em alguns grupos de risco. A estratégia é conhecida como profilaxia pré-exposição.
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