Um terço dos hospitais-empresa em falência técnica

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Ministro da Saúde estima um défice de 300 milhões de euros e diz que a situação exige medidas mais duras do que as acordadas com a troika.

O ministro da Saúde dramatizou ontem a situação dos hospitais públicos, afirmando que um terço dos hospitais EPE estão em falência técnica e que têm um défice estimado de 300 milhões de euros em 2011.

Paulo Macedo falava na comissão parlamentar de Saúde, na sua primeira audição obrigatória. O governante falou de um défice de 222 milhões de euros em 2010, de um défice estimado para 2011 de 300 milhões de euros e de “uma dívida acumulada que é o défice acumulado dos mesmos”.

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Ainda sobre os hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais), Paulo Macedo afirmou que além de estarem em falência técnica, um terço do seu próprio capital social está por realizar em mais de 400 milhões de euros.

Redução de dirigentes em mais de 30%

“Ou seja, quando se diz que tem que haver medidas de redução de despesa não é por capricho ou por estratégia, é por necessidade imperiosa. Os hospitais não conseguirão sobreviver com esta realidade”, afirmou.

Falando na redução de despesas, Paulo Macedo anunciou ainda que reduzirá em 30 por cento os cargos de dirigentes do SNS e uma poupança estimada de 100 milhões de euros só ao nível dos prestadores de saúde privados.

No que respeita à melhoria do acesso e da prestação de serviços nos hospitais, o ministro considera que é quem está no terreno que melhor pode dizer onde se pode cortar. Para tal, já conta com 1350 propostas, cerca de 900 das quais só a nível hospitalar.

“Demos também orientações às adminsitrações regionais de saúde para verificarem as necessidades dos cuidados primários. Queremos aproveitar melhor os recursos humanos”, afirmou, comprometendo-se ainda a “introduzir uma cultura de combate à fraude, e de maior transparência”.

JA/Rede Expresso
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