“Um verdadeiro pesadelo para parte da população”

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Partidos criticam transição para a Televisão Digital Terrestre (TDT) no Algarve.

Os partidos políticos criticaram na semana passada o processo de transição para a Televisão Digital Terrestre (TDT), tendo o PCP anunciado que vai apresentar um projeto de lei para responder aos problemas da cobertura do sinal digital.

“A introdução da TDT deveria constituir uma oportunidade para a melhoria quantitativa e qualitativa da oferta da televisão e não um verdadeiro pesadelo para uma parte da população e um excecional negócio para os interesses económicos que intervêm neste setor”, referem os deputados do PCP, Paulo Sá e Bruno Dias, num requerimento apresentado ao Governo.

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Os comunistas realçam que, após o desligamento do sinal analógico do transmissor da Fóia e dos retransmissores de Monchique, Odeceixe, Aljezur e Silves (23 de janeiro) – que abrangem oito concelhos do barlavento algarvio – “milhares de pessoas viram-se privadas do acesso ao serviço de televisão, quer por se encontrarem em «zonas de sombra», quer por falta de adequado apoio técnico para a adaptação necessária com vista à receção das emissões TDT”.

Os deputados Paulo Sá e Bruno Dias criticam ainda o processo de transição para a televisão digital pelo facto de serem as populações a suportarem os custos da transferência para esta tecnologia. “Num quadro de agravamento da situação social, com o aumento do desemprego e da precariedade, com os cortes nos salários e pensões, e com o aumento do custo de vida na generalidade dos bens e serviços essenciais, a despesa adicional com o acesso à televisão digital terrestre é incomportável para um elevado número de cidadãos”, referem os comunistas, apontando o dedo aos elevados custos de aquisição de descodificadores, antenas parabólicas e novos aparelhos de televisão.

Face a esta situação, os deputados do PCP denunciam que “milhares de portugueses estão hoje a ser empurrados para a assinatura de contratos com as plataformas de televisão paga”, alertando, ao mesmo tempo, para o perigo de o mesmo acontecer no sotavento algarvio, com o desligamento do sinal analógico, previsto para 26 de abril.

O Bloco de Esquerda (BE) também critica o processo de transição para a TDT, afirmando que “as pessoas têm sido empurradas para pagar televisão e que aquelas que não quiseram pagar televisão por assinatura mensal pagam agora uma espécie de imposto à PT”.

Os bloquistas defendem a necessidade de “alterar o modelo e obrigar a PT a pagar as suas responsabilidades”.

NC/JA
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