Universidade portuguesa investiga riscos em pontes e estradas

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Um dos investigadores diz que a tecnologia teria permitido “antever os problemas” que levaram à queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios, em 2001

Identificar de forma precoce riscos potenciais em barragens, pontes ou estradas através da monitorização por controlo remoto é uma realidade que está a ser estudada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) por um grupo de cinco investigadores da Escola de Ciências e Tecnologias.

O projeto “RemotWatch – Alert and Monitoring System for Physical Structures” é financiado em 250 mil euros pela Agência de Inovação (adi), com verbas do QREN, e tem como parceira a empresa local Norvia – Consultores de Engenharia.

O investigador Joaquim João Sousa explicou ao Expresso que a aplicação recorre a imagens de satélite e vai permitir detectar “deslocamentos milimétricos em barragens, estradas, pontes, ou outras estruturas feitas pelo homem, em qualquer parte do mundo “.

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Joaquim João Sousa salientou que “a localização das deficiências estruturais permitirá uma atuação localizada, e uma poupança de milhões de euros em tarefas de monitorização”.

O investigador, que começou a desenvolver esta tecnologia durante o seu doutoramento na Holanda, defende que esta aplicação teria permitido, por exemplo, “antever os problemas que levaram à queda da ponte Hintze Ribeiro, em Entre-os-Rios”.

O projeto será financiado até junho de 2015, altura em que se prevê fornecer à Norvia o protótipo que medirá as deformações.

À Norvia caberá a seleção de um conjunto de estruturas onde será testado o protótipo do RemotWacth.

A empresa ficará assim capacitada “para realizar o acompanhamento e a gestão da manutenção de estruturas à escala mundial, praticamente em tempo real”, diz o investigador.
Este projeto tem a ambição de ser futuramente alargado à “monitorização da orla costeira, por exemplo, a fim de detectar zonas que estão a sofrer erosão ou deformações nas estruturas de apoio”, refere.

RE

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