Simpósio: Ministra garante que urgências são para ficar, revela Álvaro Araújo

Marta Temido garantiu a Álvaro Araújo que o Serviço de Urgência Básica de VRSA não vai ser transferido para Tavira

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O presidente da Câmara de Vila Real de Santo António (VRSA), Álvaro Araújo, garantiu esta sexta-feira que o Serviço de Urgência Básica (SUB) da cidade se vai manter no ativo, após rumores da transferência da unidade para Tavira e adiantou ao JA as intenções da autarquia em construir um novo centro de saúde.

O autarca falava durante o Simpósio “O papel da imprensa na defesa da democracia”, organizado pelo município e pelo JORNAL do ALGARVE em VRSA, considerada pelo presidente como “a capital da imprensa regional”.

Segundo o vice-presidente do Conselho Diretivo da Associação Nacional de Municípios Portugueses, “Recentemente tivemos conhecimento que alguns decisores regionais estariam a pensar transferir as urgências de Vila Real de Santo António para Tavira, isto é, fechar as urgências em VRSA”, explica.

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Perante “a preocupação que a informação casou no Executivo e dada a importância daquele serviço decidimos escrever à senhora ministra e exigir que as urgências se mantivessem abertas, até porque nunca iriamos compreender um hipotético encerramento”, reforça.

O socialista refere que a resposta à autarquia foi “tranquilizadora” e que a ministra da Saúde, Marta Temido, “garantiu que as urgências não vão encerrar e que isso nunca esteve em equação”, esclarece.

Para além do esclarecimento da situação por parte do Ministério da Saúde, Álvaro Araújo disse ao JA que naquela carta seguiu também “um apelo e uma vontade”: “o da construção de um novo centro de saúde na cidade, com outras valências e que este vá ao encontro daquilo que as populações merecerem”. E prossegue “sabemos que há financiamento ao nível do Plano de Recuperação e Resiliência para esse investimento, portanto esse será um desígnio e uma luta do município”, conclui.

Recorde-se que o Serviço de Urgência Básica de VRSA serve três concelhos do sotavento algarvio: Alcoutim, Castro Marim e Vila Real de Santo António.

Durante o Simpósio promovido pelo JA, Fernando Esteves Franco, médico ortopedista e ex-membro de diversos Órgãos de Gestão e Direção do Hospital Distrital de Faro, frisou que, através do programa INTERREG, um dos principais instrumentos da coesão económica, social e territorial na União Europeia, “poderão chegar fundos estratégicos para Vila Real de Santo António” – “uma zona fronteiriça que tem de tirar partido da sua localização não periférica e da proximidade a Espanha e usar estes programas como um catalisador para o investimento na saúde local e regional”, sublinhou.

Fernando Esteves Franco acrescentou, durante o seu discurso, que “no Sotavento faltam cuidados de saúde que vão ao encontro das pessoas” e fez um paralelismo “para todos refletirem”: “No Barlavento, Aljezur, Vila do Bispo e Lagos, em conjunto, têm cerca de 45 mil habitantes e conseguiram o Hospital Terras do Infante, em Lagos, agora sob gestão pública. No Sotavento, Vila Real de Santo António, Castro Marim e Alcoutim somam cerca de 55 mil habitantes. Se juntarmos a proximidade com Ayamonte contamos mais 20 mil pessoas. E mesmo assim não existe um hospital… Daí a importâncIa saber tirar proveito dos fundos europeus numa zona que está desprovida de tudo”, lamenta.

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