VAI ANDANDO QUE ESTOU CHEGANDO

Estou de regresso após uns curtos dias de férias, ainda por demais perturbados por problemas de saúde, felizmente sem a gravidade que anunciavam. Voltei ao País muito antes do que estava previsto, cansado e decepcionado, face a um programa de viagem não cumprido na sua totalidade. Ficará para a próxima não há que desanimar!

De regresso como cidadão atento deparei-me com o acontecimento de Tancos a ocupar todo o espaço noticioso, é necessário sublinhar, um ano depois. Porque quando o roubo de armas foi notícia, registei aqui na minha crónica semanal o insólito da situação e o necessário e rápido apuramento dos factos e dos seus responsáveis, protesto que teve como consequência um silêncio absoluto. Cumpre dizer que não fui o único nem de o maior peso a pedir tal procedimento.

Ano depois volta tal assunto à atualidade pela circunstância das armas roubadas ainda não terem sido vendidas e começarem a constituirem pelo universo de quem as roubou um problema. O que obrigou a alargar o conluio montado a encenar uma espécie de um cenário próprio da conhecida e divertida comédia da “guerra do Solnado” para que as mesmas regressassem sem mácula ao sítio de partida sem que entretanto nada nada tivesse acontecido. Mais, até com o benefício, de haver mais um caixote, que poderia servir como “pagamento de juros”.

Como julgo que a esmagadora maioria dos portugueses percebe, toda esta esta história é mail demais do que até agora nos foi contado. Porque afinal onde está o ladrão e os seus cúmplices porque alguém de bom senso acredita que o acesso a um dos paióis militares do País esteja ao livre acesso de qualquer um? O que nos conduz a perguntar perante a identificação de um traficante conhecido de armas fosse, esta a primeira vez no acesso a tal depósito?

Neste sentido e acompanhando as preocupações do governo e do Presidente da República, é obrigatório uma profunda investigação a todo este processo que seguramente envolve múltiplas cumplicidades da hierarquia militar, para que uma resposta clara seja dada aos portugueses.

Uma última palavra sobre os resultados da primeira volta das eleições do Brasil. A primeira para valorizar a passagem do candidato do PT para uma segunda volta. A segunda para o que o constituíu a margem de apoio a um candidato, que independente e critica perante os desavindos mal sucessivos anos de Lula e Dilma, e agora deslumbrados pelas promessas populistas do candidato de extrema direita, resta ainda a eventual hipotética da candidatura da extrema direita ser derrotada e com tal resultado impedir o regresso a um passado de perda de direitos e no mais nobre deles a liberdade.

Carlos Figueira

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