VAI ANDANDO QUE ESTOU CHEGANDO

O problema criado com o Coronavírus domina as atenções gerais e com toda a razão. Não só pelas consequências que assume para a saúde dos cidadãos, sobretudo nas zonas até agora mais afectadas, mas igualmente para as consequências económicas que pode, num curto espaço de tempo, assumir.

Mesmo quanto às regiões mais afectadas, China e Países fronteiriços, mas pela capacidade de expansão que revela. Veja-se o caso do Norte da Itália mas igualmente em consequência de um mundo marcado pela globalização, quer pela forma como os negócios hoje se exercem, quer pelo movimento das viagens de turismo, desportivos, ou de eventos culturais que se realizam, constituem meios de propagação do vírus, para o qual ainda não se encontrou uma resposta à altura, ou seja, digo eu, um leigo em tal matéria, qualquer vacina que o possa travar.

É claro que é necessário travar alarmismos necessários que conduzam a histerias e a correrias a compras de máscaras que, como já foi dito, não servirão para coisa alguma. Creio que na circunstância o mais importante é na retaguarda organizar os meios necessários para os despistes, bem como para acolher o tratamento de quem os necessita. Não deixa de ser curioso até agora de quem se sentiu com sintomas, tenha recorrido a serviços públicos inseridos nos equipamentos dos SNS.

No plano económico há que avaliar com tempo medidas a tomar sobre o impacto que esta crise pode provocar sobretudo na área das viagens e do turismo interno e externo. Até Maio anuncia-se que serão tomadas medidas para anular, ou não, a realização dos Jogos Olímpicos no Japão e o Campeonato do Mundo de Futebol na Europa a efectuar em vários Países, para além de outras competições desportivas, o que significaria, e oxalá não se venha a justificar, impactos terríveis, no plano económico. Não quero ser pessimista a esse ponto!

Já lá vão cerca de 50 anos que se discute a necessidade de se construir um novo aeroporto que dê resposta ao crescimento do tráfego que suporta hoje, para além de todas as ampliações entretanto realizadas, o aeroporto de Lisboa. Dezenas de estudos realizados de nada até agora serviram para tomar uma decisão que, a meu ver, a dado momento, tem de ser política para dar curso à solução da construção da nova infraestrutura.

A propósito de estudos, na página sobre Economia do Público de 24 de Fevereiro Pompeu Santos, Engenheiro Civil, membro conselheiro da Ordem dos Engenheiros, num longo texto, arrasava toda a argumentação dos que se opunham à construção no Montijo, a 29 do mesmo mês e na mesma página de economia do Público, um grupo de 8 engenheiros nos quais reconheci Carmona Rodrigues, ex-Presidente da Câmara de Lisboa, argumentava exactamente em sentido inverso em defesa de uma solução, segundo percebi para Alverca/Portela.

Confesso que de engenharia nada percebo e portanto não sei quem tem razão nas soluções que preconiza. Preocupam-me, como cidadão, que nas circunstâncias actuais a solução desta importante infraestrutura para o País, após estes anos e esta quantidade de estudos que devem ter custado algum dinheiro, esteja agora dependente do parecer de duas autarquias que não são do mesmo partido do Governo. Não me preocupei em saber quem fez a Lei e não estranho que o PS a tenha apoiado. A irresponsabilidade conduz sempre, mais tarde ou mais cedo, a situações semelhantes e creio que o PS ainda não se deu bem conta que não tem maioria absoluta nem tem “geringonça“. E pelo que percebo até agora está a viver politicamente, até agora, numa espécie de “carambola“. Chuta para ver se acerta embora já deu para se perceber que Rui Rio tem como linha política o seu desgaste, tirando partido num jogo no qual não tendo ninguém para marcar golo é do desgaste que vive.

Carlos Figueira

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