Vem aí a primeira marcha da região pela autodeterminação de género

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(Foto: Ricardo Lopes)

Iniciativa reunirá lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, transgéneros e intersexuais. Está agendada para a tarde do próximo dia 19 na capital algarvia e inclui um arraial, no final

DOMINGOS VIEGAS

A delegação de Faro da Associação para o Planeamento Familiar (APF) vai organizar no próximo dia 19, na capital algarvia, a primeira marcha LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, travestis, transgéneros e intersexuais) da região, pelo direito à autodeterminação de género, seguida de um arraial.

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Ambas as iniciativas decorrerão na tarde do dia 19 (sábado). A marcha começará na Praceta do Infante, junto à Escola Secundária João de Deus (antigo Liceu) e os participantes vão descer a Avenida 5 de Outubro até à Rua de Santo António e ao Jardim Manuel Bivar. Depois, o percurso segue pela Rua do Prior até ao Largo da Madalena, onde decorrerá o referido arraial.

“É nosso objetivo que este evento inclua vários momentos de animação, de sensibilização e de informação, tanto para a comunidade LGBTI como para a população em geral”, explica a organização.

A APF é uma ONG (ornanização não governamental) nacional que tem como principal missão “contribuir para que as pessoas possam fazer escolhas livres e responsáveis na sua vida sexual e reprodutiva, incluindo a promoção da parentalidade positiva”.
Esta ONG tem como postulados a promoção da saúde, a igualdade de oportunidades e a defesa dos direitos humanos. A sua área de atuação privilegiada é a da saúde, assumindo-se no panorama nacional e internacional como referência na promoção da educação para os direitos sexuais e reprodutivos.

A APF Algarve, domiciliada em Faro, tem vindo a desenvolver projetos de intervenção comunitária, estendida a toda a região, centrada na temática da prevenção do VIH/Sida, junto de públicos tidos como mais vulneráveis, nomeadamente a população imigrante, trabalhadoras e trabalhadores sexuais, comunidade LGBTI, entre outros.

Desde 2016, a APF Algarve também trabalha no âmbito da luta contra o tráfico de seres humanos, através da promoção de ações de formação e sensibilização para a problemática, bem como de uma equipa multidisciplinar de assistência a vítimas.

No passado mês de fevereiro, a APF Algarve viu a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) aprovar o seu projeto de intervenção na área da promoção da igualdade de género e do combate à discriminação com base na orientação sexual e identidade de género. Este projeto foi elaborado em parceria com a Sê Mais Sê Melhor – Associação para a Promoção do Potencial Humano, uma associação juvenil de âmbito regional que tem como principal missão promover o desenvolvimento pessoal, considerando a natureza multifacetada do indivíduo.

É precisamente no âmbito deste projeto que se realiza a referida marcha e o arraial, que decorrerão durante a semana em que se assinala o Dia Internacional Contra a Homofobia e Transfobia (17 de maio). As atividades previstas “visam dar visibilidade às problemáticas sentidas pela comunidade LGBTI e contribuir para desmistificação de preconceitos e, consequentemente, a discriminação que ainda subsiste na sociedade portuguesa”, frisam os responsáveis.

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