A venda de alarmes para casas particulares continua a aumentar no Algarve prevendo-se um aumento de 2009 para este ano entre os 25 e 30 por cento, adiantou uma das empresas que fornece o serviço.
O diretor territorial para o Sul da Securitas Direct, Paulo Costa, disse que a empresa de 2009 para 2010 já elevou a venda de alarmes e estima que se passe dos 2000 alarmes vendidos em 2009, para cerca de 3000.
Segundo aquele responsável, 30 por cento dos clientes são estrangeiros que se querem prevenir contra o “amigo do alheiro”, mas há também um nicho de clientes que decidem adquirir o sistema de segurança por terem tido conhecimento que vizinhos seus foram assaltados e vítimas de violência.
Um dos pedidos mais recentes foi feito este mês por um casal alemão agredido violentamente e roubado na sua moradia, durante a noite, localizada entre o Sobradinho e Vale do Telheiro, disse uma outra fonte da mesma empresa.
No dia 18 de junho a casa de férias de um casal britânico com três filhos – um bebé e dois adolescentes – localizada em Caramujeira, concelho de Lagoa, foi também roubada, mas durante o dia, altura em que a casa estava vazia.
Os assaltantes levaram desde cartões de crédito, “playstation”, plasma, telefone, entre outros objetos.
O casal inglês também solicitou a instalação de um sistema de segurança.
Para fazer face à insegurança, o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, anunciou em maio no Algarve um dispositivo inovador em matéria de segurança, nomeadamente com a criação de uma plataforma de georreferenciação para leitura automática de matrículas falsas e deteção de veículos roubados.
“Prometemos lançar no Algarve um dispositivo inovador em matéria de segurança, policiamento de proximidade e envolvimento da comunidade, porque é uma região que coloca problemas de segurança especiais”, declarou na altura Rui Pereira, referindo-se à população flutuante que aumenta no verão e à dispersão grande na construção de moradias.
Os estrangeiros assaltados são de nacionalidade britânica, alemã e suíça. Contudo, na zona do Sobradinho, onde se têm registado mais assaltos violentos vivem também dinamarqueses, finlandeses e holandeses.
Residentes estrangeiros sem domínio da língua portuguesa, com mais de 50 anos e a habitar casas isoladas de luxo são algumas das características das vítimas e habitações alvo dos assaltos violentos praticados recentemente no Algarve, segundo um retrato feito pela GNR à Lusa.
A 9 de janeiro deste ano um assalto, com recurso a violência aos proprietários, foi registado quando quatro homens encapuzados agrediram, roubaram e sequestraram, uma família britânica dentro da residência no Sobradinho.
O grupo de assaltantes agrediu o homem, de 62 anos, e a mulher, de 59, para os obrigar a revelar os códigos secretos dos cartões bancários.
Em maio, a polícia registou um roubo a uma moradia de um casal britânico em São Lourenço, Almancil, Loulé, onde três homens encapuzados terão violado a mulher que tomava conta da residência, disse à Lusa fonte da GNR.
CCM
Lusa/JA
*** Este texto foi escrito ao abrigo do Novo Acordo Ortográfico***