Vereadores “rebeldes” dão maiorias em câmaras minoritárias

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Ricardo Clemente (PS, Albufeira) e Álvaro Leal (CDU, VRSA) são os rostos das mais surpreendentes mudanças políticas operadas já após as eleições de 26 de setembro. Em ambos os casos aceitam propostas de trabalho a tempo inteiro de executivos camarários em minoria face aos representantes da oposição e formam maioria com os vereadores eleitos pelo partido mais votado. Em Silves, PS, PSD e Chega, uniram-se na Assembleia Municipal contra a CDU

Foi uma semana marcada pelas surpreendentes mudanças nas políticas de alianças em algumas autarquias, designadamente Albufeira e Vila Real de Santo António, onde os executivos minoritários ficaram repentinamente em maioria graças a acordos com vereadores da oposição – que romperam com os respetivos partidos – e também em Silves, a nível da Assembleia Municipal, onde um inusitado Bloco Central (PS e PSD) ameaça contrariar decisões do executivo de maioria CDU.

Mas foi no concelho de Vila Real de Santo António que mais se jogou, sobretudo devido ao facto de se tratar de uma nova presidência e um novo partido maioritário (PS), alicerçada numa maioria relativa de votos (37,1% do PS contra 32,5% do PSD e 11,7% da CDU) mas que não chegou para perfazer uma maioria absoluta de mandatos na governação municipal.

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Com três mandatos, contra outros tantos do PSD e 1 da CDU, coube ao executivo minoritário do PS “fazer pela vida” e urdir uma pequena “geringonça” de nível autárquico, que deixasse a oposição social-democrata em minoria, estratégia desde sempre assumida pelo presidente Álvaro Araújo, ainda nos tempos em que era apenas candidato às eleições de 26 de setembro e nem sabia se ia ganhar e, em caso positivo, se teria maioria relativa ou absoluta. Um acordo com a CDU era o objetivo, mas esse acordo – remetido para depois das autárquicas – não só não existiu formalmente como em concreto não foi tão extenso como pretendiam os eleitos socialistas, que queriam atribuir pelouros e tempo inteiro ao único eleito comunista, Álvaro Leal.

(…)

João Prudêncio

(leia a notícia completa no Jornal do Algarve de 28 de outubro de 2021)

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