Vila Real de Santo António vai ser palco da oitava edição do Congresso Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo, a realizar nos próximos dias 6, 7 e 8 de outubro.
A iniciativa, a cargo da AiCEi (Associação Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo), presidida durante este ano por aquele município algarvio, pretende debater os caminhos para a regeneração urbana, bem como o fomento da reabilitação do património edificado como pilares de desenvolvimento económico, social e cultural.
Está prevista a partilha de acções concretas das cidades iluministas convidadas, entre as quais Havana (Cuba), Porto, Lisboa, Madrid (Espanha), São Luís do Maranhão (Brasil), Coimbra, Guatemala, além das cidades e entidades que integram a associação.
A recuperação dos centros históricos, a sua manutenção e vivências, ou a desertificação humana e económica que noutros casos apresentam, colocam novos problemas e não poucas interrogações sobre que percursos seguir quanto à administração destes espaços.
O centro histórico de Vila Real de Santo António constitui na actualidade não só um belo exemplo da arquitectura pombalina do século XVIII, cidade fábrica, fundada nos ideais iluministas que marcaram o século, como permanece, pelo que foi identificado e preservado em plano de salvaguarda, como espaço aberto a novas oportunidades económicas, culturais, sociais, habitacionais.
A AiCEi (Associação Internacional de Cidades e Entidades do Iluminismo) assume-se como fórum de debate, promoção e divulgação dos valores patrimoniais e intelectuais saídos do movimento das “luzes”.
Fazem parte integrante desta estrutura, além de Vila Real de Santo António, as cidades espanholas de Madrid, Barcelona, Valência, Cartagena, San Fernando, Cádiz, Real Sítio de San Ildefonso, Ferrol, Almacelles e Es Castell, e na América Latina a cidade de Guatemala, num movimento que tende a alargar-se a outras cidades e entidades do Iluminismo, podendo estar para breve a adesão de Paris, S. Petersburgo, Edimburgo, Lisboa e São Luís do Maranhão (Brasil).
Vila Real de Santo António, no propósito de contribuir para uma nova dinâmica deste movimento, está assim apostada em promover um diversificado debate sobre os novos desafios que se colocam à regeneração urbana no quadro de um desenvolvimento sustentável e de coesão territorial.
