O estudo macro-económico apresentado esta terça-feira pelo PS foi coordenado pelo economista, natural de Vila Real de Santo António, Mário Centeno. Tem 48 anos e há quem já o aponte como futuro ministro de um futuro governo socialista, caso o PS vença as próximas legislativas.
Doutorado em Economia pela Harvard University em 2000, na área da Economia do Trabalho, Mário Centeno desempenha funções como director-adjunto no Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal e como professor de Economia na NOVA IMS.
Pelo trabalho desenvolvido no âmbito da sua dissertação de doutoramento a European Economics Association atribui-lhe em 2001 o seu prémio anual aos melhores jovens economistas europeus, o Young Economist Award, e em 2006 recebeu o Prémio da União Latina para investigação científica.
Mário Centeno tem trabalhos publicados em revistas científicas internacionais nas áreas da Economia do Trabalho, Finanças e Matemática, tais como o Journal of Human Resources, European Economic Review, Labour Economics, Empirical Economics, Economica, Economics Letters, Journal of Intenational Money and Finance, Journal of Labor Research, Revista Brasileira de Economia e Computers and Operations Research.
Presentemente, a sua investigação concentra-se na área da Economia do Trabalho e da Microeconometria Aplicada.
O estudo coordenado pelo professor Mário Centeno, aponta para a reposição dos salários do setor público em 40% em 2016, redução das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social em quatro pontos até 2018 e o regresso do IVA da restauração aos 13% já em 2016.
As mexidas na TSU apontam para uma redução temporária das contribuições dos trabalhadores para a Segurança Social. De 11% a contribuição passa para 7% e em 2019 regressa ao valor atual.
De fora da redução das contribuições para a Segurança Social ficam os cidadãos com mais de 60 anos, porque estão perto da idade da reforma e assim não serão penalizados na formação das suas pensões futuras.
Para os salários do setor público está prevista uma reposição em 40% já em janeiro de 2016 e o restante em 2017. Em 2018 as carreiras serão descongeladas. O cenário macroeconómico do PS prevê que já em 2016 o IVA da restauração volte aos 13%.
O cenário com que os socialistas vão elaborar o programa eleitoral conta ainda com a eliminação gradual da sobretaxa de IRS em duas fases, 50% no próximo ano e 50% em 2017.
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