Vinte e sete mortos em sequestro num hotel no Mali

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O sequestro no hotel Radisson, no centro da capital do Mali, já terminou. A informação foi confirmada esta tarde pelo ministro do Interior do país.“Não há mais reféns”, declarou o governante. No entanto, alguns dos assaltantes continuam barricados no interior do edifício.

Foram encontrados 27 corpos no hotel – 12 deles no piso térreo e outros 15 no segundo andar -, segundo os capacetes azuis, das forças de manutenção da paz das Nações Unidas (ONU).

Não é claro ainda se nesta contagem estão incluídos dois atacantes que foram abatidos pelas autoridades . Sabe-se apenas que entre as vítimas se encontra um cidadão belga – Geoffrey Dieudone um funcionário do parlamento da comunidade francófona belga que se encontrava em Bamako com outros colegas para uma conferência.

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Entretanto prosseguem as buscas no hotel por mais vítimas. Várias forças policiais mantêm-se no local. O porta-voz do ministro do Interior informou que as autoridades continuam à caça de outros assaltantes que se encontram barricados nos pisos superiores do edifício.

O ministro do Interior do Mali, Salif Traore, adiantou em declarações à televisão estatal que 76 pessoas foram resgatadas pelas forças de segurança, algumas das quais com ferimentos.

Na operação de libertação dos reféns, a polícia do Mali contou com a ajuda das forças da ONU, nomeadamente de soldados franceses e americanos, refere a imprensa francesa.

Esta manhã, um grupo de dez assaltantes invadiu esta manhã o local, por volta das 7h (a mesma hora em Lisboa) e começou a disparar tiros, fazendo centenas de reféns. As informações iniciais apontavam para 170 reféns: – 140 hóspedes e 30 funcionários -, no entanto, a cadeia hoteleira afirmou que o número de hóspedes era superior.

Carros com matrícula diplomática

Os assaltantes chegaram em carros com matrícula diplomática munidos de Kalashnikov, explicou à CNN Olivier Saldago, porta-voz da missão da ONU no país.

Para além dos tiros de armas automáticas, as testemunhas relatam ter ouvido os assaltantes a gritar ‘Allahu Akbar’ (Alá é grande).

A autoria do ataque foi reivindicada por dois grupos terroristas: Al-Qaida no Magrebe Islâmico e Al Murabitun. Este último grupo já tinha assumido a responsabilidade por vários ataques este ano no Mali – como um ataque a um restaurante em Bamako, que causou cinco mortos, em março; um ataque suicida num edifício das Nações Unidas (ONU) no norte do país, que provocou três mortos em abril e outro ataque a um hotel na cidade de Sévaré, que vitimou 17 pessoas.

Liliana Coelho (Rede Expresso)

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