Dos 30 mil alunos dos ensinos básico e secundário ainda sem horários completos a nível nacional, cinco mil estão em escolas algarvias, denunciou o PSD/Algarve.
“Já na reta final do ano letivo, pasme-se, ainda há perto de 30 mil alunos sem horários completos, isto é, com pelo menos uma disciplina sem aulas desde o princípio do ano”, enunciam os sociais-democratas sobre a realidade nacional.
Destes 30 mil, cerca de 5 mil situam-se no Algarve, precisa o PSD, salientando que a região tem 5% do total de alunos a nível nacional, mas perto de 20% dos alunos portugueses sem aulas, perfazendo, como foi revelado publicamente, 428 turmas com horários incompletos.
Segundo Cristóvão Norte, presidente do PSD Algarve, “para estes alunos não há igualdade de oportunidades, nem se garantem aprendizagens essenciais para o seu futuro. Este assunto não é novo, porém, agudiza-se de ano para ano. Uma errada política de formação de docentes que não promoveu a substituição geracional; as más condições da carreira e a rejeição do mérito como critério de progressão na carreira e de valorização da docência; o abandono a que estão sujeitas zonas do país com custo de vida mais elevado ou mais periféricas; e um absurdo modelo de colocação de professores que prejudica a vida de professores e alunos.”
O PSD Algarve assinala que a ausência de medidas tem agravado o problema e que ele é mais expressivo na região, até por força dos custos de habitação que são incomportáveis para muitos docentes.
“A questão da fixação de profissionais qualificados é uma das doenças da região, a qual sofre de inflação turística, mas não beneficia de políticas públicas desenhadas para tratar aspetos centrais da região”, conclui.