VIP Art Fair é o nome da feira de arte promovida por James Cohan que tem por objetivo unir artistas e colecionadores de todo o mundo através da Internet.
James Cohan, proprietário de uma galeria de arte homónima, em Nova Iorque, pensou que era preciso ampliar e transformar o conceito das feiras de arte, para que se tornasse mais global e abrangesse mais artistas e colecionadores. Com a ajuda da sua mulher e de uns vizinhos, acabou por chegar à solução: desenvolver um evento para promover a arte na Internet.
Com esta ideia nasceu o conceito da VIP Art Fair , que se realizará entre os dias 22 e 30 de janeiro e contará com a participação de 139 galerias.
Processo foi demorado e dispendioso
O projeto foi dispendioso e todo o processo levou o seu tempo. “Demorámos três anos a desenrolar a tecnologia e o preço tinha de ser alto, até para que as pessoas o levem (ao projeto) a sério”, explicou Cohan.
Quanto ao funcionamento, é semelhante ao de uma rede social. Os clientes têm duas opções, serem um cliente VIP (que é convidado por alguma das galerias) ou apenas um visitante, que tem um acesso mais restrito.
Caso se interesse por uma obra de algum dos artistas, pode contactar um vendedor e este encaminhará a conversa para o chat ou telefone. Os vendedores têm, obrigatoriamente, de estar contactáveis, no mínimo, 18 horas por dia, devido aos diversos fusos horários.
Evento não substitui feiras tradicionais
Apesar de ser considerado um evento bastante importante e inovador, esta feira de arte virtual não pretende substituir as feiras tradicionais. Carlos Urroz, diretor da Arco, feira internacional de arte contemporânea, em Espanha, que tenta impulsionar a prática do colecionismo afirma que “a lista de galerias (do VIP Art Fair) é estupenda”, mas que “a experiência de uma obra em direto não é comparável a um programa de realidade virtual”.
Leonor Veiga/Rede Expresso
