Volta ao Algarve: Constelação de estrelas quer suceder a Pogacar

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Uma ‘constelação de estrelas’ vai pedalar, entre quarta-feira e domingo, em solo português, com alguns dos principais ciclistas internacionais a marcarem presença na Volta ao Algarve, numa 46.ª edição em que apontar um vencedor é o maior dos desafios.

Olhando para a lista de inscritos, difícil é eleger quem são as grandes ‘estrelas’ desta edição. Certo é que há ‘craques’ para todos os gostos, desde as novas coqueluches do pelotão, como Remco Evenepoel (Deceuninck-QuickStep) e Mathieu van der Poel (Alpecin-Fenix), ou ‘voltistas’ consagrados, como Geraint Thomas (INEOS) e Vincenzo Nibali (Trek-Segafredo), ou nomes mediáticos como Philippe Gilbert e Tim Wellens (Lotto Soudal), sem esquecer o português Rui Costa (UAE Emirates), que não competia na ‘Algarvia’ desde 2014.

Espera-se, assim, ‘casa cheia’ nas estradas algarvias entre quarta-feira e domingo, naquela que é uma oportunidade rara – senão mesmo a única – para o público português ver os principais ciclistas internacionais, e as equipas do WorldTour (este ano, serão 12, entre as quais quatro das cinco primeiras do ‘ranking’ mundial de 2019) em ação em Portugal.

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E se Van der Poel, o campeão mundial de ciclocrosse, e Evenepoel, o campeão europeu de contrarrelógio e considerado por muitos o novo Eddy Merckx, não deverão entrar nas contas da vitória final, o mesmo não se poderá dizer de Thomas, vencedor da ‘Algarvia’ em 2015 e 2016 e da Volta a França em 2018.

As pretensões do galês não são claras, mas as da sua equipa sim: a INEOS tem sido a grande dominadora da Volta ao Algarve, somando três triunfos nas últimas cinco edições, e estará na 46.ª edição na máxima força, com o ciclista mais constante na prova na última década, o polaco Michal Kwiatkowski, campeão em 2018 (pelos britânicos) e em 2014, e segundo classificado em 2013, 2015 e 2017, assim como com a sua nova ‘aquisição’, o australiano Rohan Dennis.

Na ausência dos três primeiros classificados da edição transata, nomeadamente do vencedor Tadej Pogacar, a luta pelo pódio parece em aberto, com nomes ‘grandes’ como Bauke Mollema (Trek-Segafredo), Daniel Martin (Israel Start-Up Nation), Maximilian Schachmann (Bora-hansgrohe), Miguel Ángel López (Astana) e Tim Wellens (Lotto Soudal) a perfilarem-se como possíveis candidatos a lugares de destaques.

Nesta lista também poderão figurar Nibali, um dos dois únicos ciclistas em atividade que já conquistaram as três grandes Voltas, que escolheu a Volta ao Algarve para estrear-se com as cores da Trek-Segafredo, e Rui Costa, que, no início de fevereiro, na Volta à Arábia Saudita, regressou aos triunfos após quase três anos sem vencer, e que foi terceiro classificado na prova algarvia em 2014.

Entre os 175 corredores, de 25 equipas, que vão percorrer as estradas do Sul, há ainda outros dois corredores que já sabem o que é acabar entre os três primeiros da ‘Algarvia’: o português Tiago Machado (Efapel), terceiro em 2010 e 2015, e o espanhol Luis León Sanchéz, segundo em 2010.

Fora da corrida pelos lugares do pódio, mas ainda assim obrigatoriamente no radar dos fãs da modalidade, estarão homens como o campeão olímpico de estrada, Greg van Avermaet (CCC), e o europeu, Elia Viviani (Cofidis), bem como os ‘sprinters’ André Greipel (Israel Start-Up Nation), Alexander Kristoff (UAE Emirates), Cees Bol (Sunweb), Danny van Poppel (Circus-Wanty Gobert), Fabio Jakobsen (Deceuninck-QuickStep), Jasper Styuven (Trek-Segafredo), John Degenkolb (Lotto Soudal) ou Matteo Trentin (CCC).

Às oito equipas continentais portuguesas e aos seus corredores caberá, como sempre, o papel de animadores das tiradas ou, quem sabe, o de sensação da prova, como aconteceu com Amaro Antunes, agora de regresso à W52-FC Porto, em 2017, ano em que venceu no alto do Malhão e foi quinto na geral.

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