Restos mortais, duas cadeiras e malas dos passageiros do voo MS804 da EgyptAir foram encontrados esta sexta-feira no Mediterrâneo, ligeiramente a sul do local onde o aparelho desapareceu dos radares, pelos militares egípcios, informou o ministro da Defesa grego Panos Kammenos.
Esta manhã, os militares egípcios já tinham anunciado a localização de destroços do aparelho e objetos pessoais de passageiros “290 quilómetros a norte de Alexandria”. “As buscas prosseguem e estamos a retirar da água tudo o que encontramos”, podia ler-se no comunicado.
O voo MS804 da EgyptAir despenhou-se no mar na madrugada de quinta-feira entre as ilhas do sul da Grécia e a costa norte do Egito, por razões ainda desconhecidas.
O Presidente egípcio Abdel Fattah al-Sisi anunciou na quinta-feira à noite a intensificação das operações de busca, após anúncios contraditórios sobre a localização de outros destroços, que se confirmou não pertencerem ao avião da EgyptAir.
A equipa de buscas egípcia está a trabalhar em colaboração com a Grécia, França, Reino Unido, Chipre e Itália.
Na quinta-feira, as autoridades gregas e egípcias confirmaram a descoberta de destroços do aparelho, o que foi em seguida desmentido.
As mesmas autoridades consideraram ainda remotas as possibilidades de existirem sobreviventes, indicação que foi reiterada tanto pela companhia aérea egípcia como pelos governos egípcio e francês, que enviaram as suas condolências aos familiares dos ocupantes.
No avião, viajavam 56 passageiros, entre os quais um português, 30 cidadãos egípcios e 15 franceses, entre outros, e ainda sete tripulantes e três seguranças.
Até agora, apenas se sabe que o Airbus A-320 da EgyptAir desapareceu dos radares e perdeu muita altura quando seguia entre as 10 e as 15 milhas dentro do espaço aéreo egípcio, efetuando duas voltas bruscas enquanto caía de cerca de 37.000 pés para uns 15.000.
As causas do acidente são desconhecidas e todas as hipóteses estão em aberto. Alguns responsáveis apontaram para a possibilidade de ter existido um atentado terrorista, ainda que até agora nenhuma organização tenha reivindicado o derrube do avião.
(Rede Expresso)