VRSA: Conceição Cabrita anuncia que não se recandidata em outubro

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A presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, Conceição Cabrita, anunciou que não se vai recandidatar à presidência do município, nas eleições autárquicas de outubro, depois de quase quatro anos na presidência e mais 12 anos como vereadora e vice-presidente.

Sem adiantar qualquer razão para a decisão, a autarca eleita pelo PSD em outubro de 2017 elaborou um extenso texto, que inseriu na sua página pessoal do Facebook, em que descreve as dificuldades e vitórias do mandato.

“A humildade sempre foi o meu fio de conduta, sem nunca a abandonar, nem mesmo quando me tornei a primeira mulher presidente da câmara municipal de Vila Real de Santo António. E é nessa humildade que preciso dizer-vos que decidi não me recandidatar a presidente da câmara municipal no próximo mandato”, assinala a sucessora (e vice-presidente) de Luís Gomes, que presidiu ao município entre 2005 e 2017.

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Enunciando as várias dificuldades por que passou neste mandato, Conceição Cabrita descreve todo o seu percurso no município como “de grande humanidade”: “Nunca esqueci ninguém, nunca virei costas a quem me pediu ajuda e sempre fiz por estar perto de todos os que comigo trabalharam e partilharam as minhas batalhas e vitórias. Também me viram chorar e emocionar nos dias mais cinzentos e difíceis”.

Sublinhando que cresceu muito “nestes últimos quinze anos como mulher, como profissional, como amiga e como familiar dos que sempre me amaram”, assevera que em nenhum momento baixou os braços perante as muitas adversidades, batalhas e dificuldades que os cargos de vereadora, vice-presidente e presidente trouxeram consigo”.

Enuncia as dificuldades financeiras que teve que enfrentar, mas reclama vitória nessa área: “Pela primeira vez em muitos anos, conseguimos estar em dia com todos os pagamentos ao Estado e chegámos ao final de 2020 com quase 5 milhões de euros em tesouraria. Acima de tudo, recuperamos a nossa credibilidade junto dos fornecedores, da banca, das entidades públicas e, principalmente, da população”.

“Infelizmente, em 2020, tudo o que conhecíamos como normal transformou-se no momento mais difícil para o mundo inteiro. Em nenhum momento desta pandemia que ainda nos assola baixei os braços, aliás, vivo com a consciência que tudo fiz para ajudar nesta luta tão inglória com um inimigo invisível. Mesmo sem recursos financeiros, gastámos 1,5 milhões de euros no combate à pandemia e aos seus muitos efeitos”.

Sobre esta despedida antecipada numa altura de pandemia – as eleições a que agora declara não se ir recandidatar só terão lugar em outubro – declara que ”não é o momento de baixar os braços”.

“Este é um anúncio de não continuidade nos mandatos autárquicos mas ainda não é uma despedida. Ainda há muito para fazer e ainda reúno todas as forças para agora, no imediato, lutar com todos vocês contra esta pandemia que não nos vai tirar os sorrisos e, na nossa
teimosia como seres humanos, um dia ainda vamos viver nos abraços uns dos outros”, afirma já no final da missiva aos vilarealenses.

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