O movimento independente Construir o Futuro, de VRSA, acusou hoje o candidato socialista Álvaro Araújo de ter desencadeado “uma ação populista” ao propor uma testagem universal semelhante à que foi desencadeada no concelho vizinho de Castro Marim.
Segundo o movimento, que deverá concorrer às autárquicas de outubro, o candidato do PS “esperava ter o destaque televisivo que o autarca Francisco Amaral teve, mas sabendo de antemão que mesmo que a Câmara Municipal de VRSA não tem dinheiro para manobras populistas”.
“O candidato Álvaro Araújo devia saber que uma autarquia sem dinheiro e condicionada pelo FAM [Fundo de Apoio aos Municípios], que é tutelado pelo ex-autarca de Tavira e um dos “padrinhos políticos” do próprio candidato, nem seria autorizada a gastar uma fortuna só para proporcionar uns minutos televisivos à presidente da CM”, acusa o movimento liderado por Marcelo Jerónimo, ex-autarca do PS no concelho e ex-candidato à Junta de Freguesia de Monte Gordo.
O movimento lamenta que o candidato Araújo se “tenha aproveitado do pânico coletivo, para manipular sentimentos, tirando partido da doença e da morte para conseguir um protagonismo repentino, depois de uma década de dormência, durante o qual ninguém o viu fazer oposição”.
“Com o comunicado de hoje, o candidato mostra o seu jogo cínico, propõe uma medida impossível, para depois vir escrever sobre a situação financeira. Curiosamente, para se autopromover, o candidato assinou uma carta aberta, onde de forma ridícula e abusiva até fala em nome de todos os vila-realenses. Mas, como a manobra oportunista não teve sucesso, o Secretariado da Concelhia do Partido Socialista de VRSA reuniu de madrugada, para emitir um comunicado às 7 da manhã”.
O movimento recorda o candidato Álvaro Araújo “dos tempos em que foi vereador”: “Quando o PS se opôs à oferta de um infantário a Fidel Castro o então vereador Álvaro Araújo demarcou-se do voto contra do seu partido, que considerou a medida ilegal. Se não fosse esbanjado tanto dinheiro nesse tempo, talvez agora tivesse autoridade moral e política para fazer propostas de despesas para as quais sabe que a CM não tem dinheiro nem está autorizada pelo FAM a fazê-las”.
O movimento lamenta que “numa autarquia sem recursos o candidato Álvaro Araújo defenda a municipalização da saúde”.
“E em breve, provavelmente, também vai defender a municipalização dos bombeiros, a criação de uma polícia municipal e como fazer promessas não lhe é difícil, não nos admiraria nada que viesse a defender a municipalização da EN125”, destaca o movimento de Marcelo Jerónimo.
