VRSA: Nove trabalhadores querem ser integrados na SGU ou na Câmara

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Trata-se dos funcionários que não aceitaram ingressar na nova empresa concessionária do serviço de águas e saneamento básico. Presidente da autarquia garante que “foi tudo assegurado para que os trabalhadores mantivessem a estabilidade laboral, com mais regalias”

DOMINGOS VIEGAS

Nove dos 54 trabalhadores que desempenhavam funções na unidade de Ambiente (serviços de águas e saneamento básico) da empresa municipal SGU, de Vila Real de Santo António, concessionado entretanto à empresa Águas de VRSA, não aceitaram passar para a nova empresa e exigem ser integrados na Câmara ou noutro serviço da própria SGU.

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“A SGU alega a extinção do posto de trabalho, mas a atual presidente da Câmara, na altura vice-presidente, chegou a dizer-nos que ninguém seria despedido. Nem sequer os que não aceitassem ir para a concessionária. Afinal, não é essa a realidade e, a partir do dia 28 de fevereiro, estes trabalhadores estão desempregados com a indemnização correspondente ao tempo de serviço”, referiu Henrique Vilalonga, do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL), que esteve reunido esta tarde com os referidos trabalhadores.

A reunião decorreu em plena Praça Marquês de Pombal, a poucos metros do edifício da câmara municipal, e contou, ainda, com a presença de vários autarcas da CDU.

“Notificámos a Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGER), que já pediu esclarecimentos à empresa. Agora esperamos que a DGERT notifique as partes para fazermos uma reunião”, explicou o dirigente sindical, em declarações ao Jornal do Algarve.

As condições oferecidas aos trabalhadores para passar para a concessionária incluem aumentos anuais de 5% no salário (mais o correspondente ao valor da inflação, acrescido de 0,5%), aumento de 50% no subsídio de refeição e um seguro de saúde que abrange a família. “Mas disseram-lhes, verbalmente, que iriam à experiência para a nova empresa, por um período de 18 meses, e depois logo se veria se continuariam ou não. Alguns estão na SGU há dez anos e decidiram não aceitar estas condições”, referiu Henrique Vilalonga.

Contactada pelo Jornal do Algarve, a presidente da Câmara, Conceição Cabrita, explicou que “antes de ser efetuada a concessão, foi negociado que todos os trabalhadores passariam para a nova empresa com mais regalias, mantendo a antiguidade e a categoria profissional”.

“Porém, houve nove trabalhadores que, por razões pessoais, não aceitaram. Os postos de trabalho foram assegurados e foi tudo garantido para que os trabalhadores tivesse a sua estabilidade laboral, além de aumentos anuais de salário, aumentos de subsídio de refeição e um seguro de saúde. A maioria aceitou, mas houve nove que não quiseram aceitar”, frisou a autarca.

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