De novo a volta a meio Portugal

Mais uma vez a “Volta a Portugal em Bicicleta”, nesta sua 85ª edição, a disputar entre 21 de Julho e 4 de Agosto, não vem ao Algarve. Mais do que isso não desce de Lisboa. Confirma-se o dito: «O País é Lisboa e o resto e o é paisagem».

Conforme foi apresentado em Viseu, onde foi tornado público o itinerário e outros pormenores da competição, a capital é o ponto mais meridional onde o pelotão passará.

Cumpre-se esta Volta de quem manda na principal competição velocipédica portuguesa e tudo isto não obstante: o Algarve ser uma região que desde os anos 30 do século passado demonstra a sua vibração por esta modalidade; ser a região que tem duas equipas em prova: o Clube de Ciclismo de Tavira e o Louletano Desportos Clube; a primeira destas formações orientada pelo Vidal Fitas é só e apenas a mais antiga equipa profissional da Europa; o grande número de evocativos nomes de ciclistas algarvios que são notórias figuras do historial do ciclismo português; o facto da «Volta ao Algarve em Bicicleta», organizada no início de cada pela dinâmica e operosa direcção da Associação de Ciclismo do Algarve ser hoje considerada uma das grandes competições da modalidade no calendário europeu e muitos outros factores que, por demais evidentes, nos escusamos de apontar.

Não discutimos, porque para isso não temos a exigida e exigível formação técnica, o itinerário traçado com o seu início no prólogo a correr em Águeda e Viseu, com a derradeira etapa, numa total de 10 etapas e a participação de 17 formações nacionais e estrangeiras.

Um ressalvo para a inclusão, pelo seu profundo significado, de uma tirada a celebrar os 50 anos do 25 de Abril de 1974, entre Santarém (donde saíram na «Madrugada Libertadora» as tropas comandadas pelo saudoso e sempre lembrado Capitão Salgueiro Maia) e Lisboa (Marvila).

Mas do resto do País (Alentejo, Algarve, Estremadura Sul, etc.) nada nem coisa nenhuma nesta «85ª Volta a Portugal em Bicicleta». Mas é o costume, a que e de há muito nos habituámos.

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