A minha última dúvida esfumou-se. Com esta nova Ministra da Saúde, farmacêutica, antiga Presidente do C.A. do Hospital de Santa Maria e Pulido Valente, anti Unidades Locais de Saúde que integrem Hospitais Universitários, que entre outras coisas, iniciou há pouco tempo a apresentação de regras e planos tendo em vista a melhoria do Serviço Nacional de Saúde, encaro com pessimismo a evolução dos CUIDADOS DE SAÚDE, quer primários quer hospitalares.
Bem sei que este novo governo tem pouco tempo de governação e que este ministério, perante o quadro negro deixado pelos governos socialistas, ainda não conseguiu atacar os problemas da Saúde, nem pelas “folhas, nem pelo caule e muito menos pela raiz”! Mas poderia já ter apresentado os princípios inerentes a uma reforma ou reestruturação compatível ou que indiciasse uma melhoria do Serviço Nacional de Saúde. Tudo o que li e ouvi da Senhora Ministra da Saúde, não são mais do que “pensos rápidos” de má qualidade, que não vão estancar as feridas existentes. Ouvi também, que iria ser implementado no Algarve experimentalmente, um Sistema Local de Saúde, que incluiria Hospitais Públicos, Centros de Saúde e Hospitais Privados, em substituição da malfadada e ingerível ULS do Algarve. Como sempre não cito só críticas, mas também apresento propostas na tentativa de melhorar e consolidar o SNS. Assim:
1 – DESCONGELAMENTO DAS CARREIRAS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
2 – MELHORIA DOS SALÁRIOS DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
3 – EXCLUSIVIDADE NAS INSTITUIÇÕES PÚBLICAS DE SAÚDE
4 – MELHORIA DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
5 – REORGANIZAÇÃO DA GESTÃO DAS INSTITUIÇÕES
6 – FIM DOS CONTRATOS DE MÉDICOS A EMPRESAS PRIVADAS
Tenho a certeza que, assim rapidamente o SNS, atrairia e motivaria Profissionais de Saúde (Médicos, Enfermeiros, Técnicos e Outros), melhorando em muitas vertentes nas Instituições Públicas de Saúde (acesso, listas de espera para exames, para cirurgias e consultas, urgência geral e pediátrica, cuidados continuados e paliativos). Argumentam que não há dinheiro para tudo. Há sim.
Cortem nas despesas noutros locais da Administração Pública, como por exemplo na Assembleia da República (em vez de 230 deputados, bastam 100 e com menos regalias e mordomias), na Presidência da República (contenção de despesas e menos viagens), no Governo (menos ministros, menos secretários de estado, menos subsecretários de estado, menos automóveis e menos motoristas) e em outros departamentos públicos do Estado Português! A Saúde, a Educação, a Justiça, as Forças de Segurança e Militarizadas, bem precisam!
Há dois dias, conheci num debate sobre Saúde na RTP1, a Senhora Secretária de Estado da Saúde, Médica e doutorada, que não conseguiu esclarecer os portugueses, de tão fraca que foi a sua participação. Ouvi com atenção o representante dos Administradores Hospitalares e continuo a manifestar a minha discordância com a sua nomeação para Presidentes dos Conselhos de Administração dos Hospitais. O Presidente do C.A. tem que ser um Profissional de Saúde e em exclusividade, ou se devidamente autorizado pela tutela a exercer parcialmente só no Hospital.
COMPETÊNCIA, RESPEITO, SERIEDADE E HUMILDADE JUSTIFICAM-SE E EXIGEM-SE RAPIDAMENTE! CORAGEM SENHORES POLÍTICOS!