spot_img

Delegação marroquina do M’Goun visita Silves

ouvir notícia

Entre os dias 25 e 28 de junho, o território do aspirante a Geoparque Algarvensis recebeu a visita da delegação marroquina do M’Goun Geoparque Mundial Da Unesco, com vista à troca de experiências e partilha de projetos.

A visita reforçou a parceria com o Geoparque M’Goun através da identificação de elementos geológicos, culturais e patrimoniais comuns e da sua riqueza de bio e geodiversidade.

A delegação visitou o museu do traje, em São Bartolomeu de Messines, passando depois pelos Paços do Concelho, em Silves, onde ficou a conhecer o Museu Municipal de Arqueologia e o Castelo de Silves, terminando com a participação no descerrar da placa de “parceiro Geoparque Algarvensis” na mercearia “Doçaria do Sul”. Seguiu-se a visita a Armação de Pêra, com destaque para a Pedra do Valado, Praia Grande e Lagoa dos Salgados.

- Publicidade -

O aspirante a Geoparque Algarvensis é um território constituído pelos municípios de Loulé, Silves e Albufeira, que ocupa um terço do território algarvio. É reconhecido pelo seu património geológico singular, “aliando uma estratégia de geoconservação e um conjunto de políticas de educação e sensibilização ambiental, à promoção de um desenvolvimento socioeconómico sustentável baseado em atividades de geoturismo, envolvendo as comunidades locais, contribuindo para a valorização e promoção dos produtos locais”.

“Parcerias desta natureza constituem um cenário de aprendizagem comum e garantem mais robustez, qualidade e fundamento à candidatura do aspirante Geoparque Algarvensis”, sublinha a autarquia em comunicado.

- Publicidade -
- Publicidade -spot_img

Deixe um comentário

+Notícias

Exclusivos

2 COMENTÁRIOS

  1. Tanto que nos une, geneticamente, a muitos de nós, gentes portuguesas mais meridionais, com os ancestrais chamados “mouros” ou, mais precisamente, os descendentes dos povos das antigas tribos do Norte de África …

    Não é por acaso que transportamos na alma um certo modo de estar atávico tão próprio, uma certa segnícia que nos distingue da vivacidade e alegria genuínas dos minhotos, uma nostalgia bem escondida, que ainda em nós permanece e, por vezes, emerge e se compraz na contemplação e meditação, algo que interiorizámos nos nossos próprios genes, face aos grandes espaços, no caso, o apelo à solidão do deserto, sem que disso cuidemos que o temos, mas que em nós deixou um rasto ancestral imperecível …

  2. Uma vez que estamos a falar de Silves e citei o termo “mouros”, no meu comentário, acima, permita-se-me que esclareça algo que, no imaginário popular, corre com um sentido, que nada tem a ver com a realidade histórica, nem linguística.
    Falo da conhecida Quinta de “Mata Mouros”, em Silves.

    O nome em causa foi, impropriamente, aportuguesado para aquela designação, porém, nada tem a ver com matança de mouros …

    Aquando da dominação muçulmana da bela cidade de Silves, que, nos tempos áureos, chegou a suplantar a própria Lisboa em riqueza e opulência, foi construída uma estrutura – uma “matamorra” –, onde é agora a referida Quinta de “Mata Mouros”, equipamento que se destinava a servir de celeiro subterrâneo da cidade.

    A sua designação era, em árabe, “maṭmûra”, com o significado literal de “silo subterrâneo”.
    Era semelhante a uma cisterna, onde os Mouros costumavam guardar o trigo, depois de debulhado e limpo, cobrindo-o com alguma palha e terra, onde se conservava, para consumo da cidade, por vezes, alguns anos, sem se deteriorar.

    Do mesmo termo árabe “maṭmûra”, recebemos a palavra “masmorra”, calabouço subterrâneo, prisão subterrânea, atendendo a que, antigamente, era usual os cárceres serem localizados sob o solo.

    “Maṭmûra” deriva do verbo ár. ‘tâmara’, esconder debaixo da terra, enterrar por certo tempo.

    Aqui fica, pois, a reposição do verdadeiro sentido que subjaz ao que se costuma designar por “Quinta de Mata Mouros” …

Deixe um comentário

Por favor digite o seu comentário!
Por favor, digite o seu nome

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.