Polícia Judiciária regista média de 3000 novos crimes sexuais por ano

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A Polícia Judiciária (PJ) regista uma média de cerca de 3.000 crimes sexuais por ano e cerca de 500 novas vítimas desse tipo de delito em cada trimestre, de acordo com o diretor nacional adjunto da PJ.

“Vamos tendo contacto trimestral – trimestralmente fazemos esse controlo –, com cerca de 500 novas vítimas [de crimes sexuais] todos os trimestres. Vamos tendo contacto anual com cerca de 3000 situações de crimes sexuais por ano”, declarou Carlos Farinha, durante um seminário sobre violência promovido pela Câmara de Faro.

A violência em contexto sexual é uma matéria que “tem preocupado bastante” a PJ e que originou a criação, em 2022, de um Observatório da Criminalidade Sexual dentro da força policial. Para conhecer melhor esta realidade, realizou-se uma “separação entre crimes presenciais e ‘online’ e entre crimes contra crianças e crimes contra maiores”. A PJ procurou também “estudar e acompanhar as novas manifestações, tendências ou sinalizações nos domínios não contabilizados, como [crimes] associados à religião, ao desporto e às academias”, explicou.

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Carlos Farinha reforçou a importância da sinalização dos crimes sexuais junto das entidades policiais, sublinhando que muitas vezes o recurso às redes sociais “pode não ser suficiente para chegar ao sistema”. Segundo o próprio, o problema da sinalização e da precocidade da sinalização continua a ser um problema com particular importância.

O diretor nacional adjunto da PJ alertou ainda que a violência urbana tem tido “um crescimento efetivo e preocupante” em Portugal, associando esse aumento à juventude dos intervenientes e à futilidade das motivações, especificando como principal motivo “haver cada vez mais jovens integrados na questão da violência urbana”.

Além disso, acrescentou, “há cada vez mais gente com motivos mais fúteis para a violência urbana”, situações que “escalam ainda mais quando são potenciadas pela utilização de armas de fogo”.

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