“Não! ao crime ambiental e dessalinizadora em Albufeira”, lê-se num dos panfletos distribuídos por quem passava na manhã de dia 7 de fevereiro (quarta-feira) na entrada da praia da Falésia por um movimento informal de cidadãos que está contra a expropriação de um terreno que alegam estar integrado na categoria “Recursos Naturais e Equilíbrio Ambiental”, como local escolhido para construção da central de dessalinização do Algarve.

O Movimento de Estrangeiros no Algarve, o qual o JA deu a conhecer, em exclusivo, em outubro do ano passado, juntamente com o movimento ambiental “Amar o Mar” e a Plataforma Água Sustentável (PAS), deram uma conferência de imprensa improvisada numa das entradas daquela praia para afirmar posições.

“Estamos na praia da Falésia, considerada uma das 10 praias mais bonitas do mundo, e somos contra a construção de uma dessalinizadora que vai criar problemas de contaminação e poluição, como a salmoura que vai ser atirada nas nossas costas”, disse Paolo Funassi, fundador do Movimento de Estrangeiros no Algarve.

Para além disso, salienta “o facto de os canos virem a passar debaixo da praia e pelas arribas”, não esquecendo “os danos que a dessalinizadora vai provocar no setor da pesca, no turismo e aos residentes”.

Estas entidades estão contra aquilo que classificam como um “crime ambiental” com a construção de uma dessalinizadora em Albufeira, que vai implicar, diariamente, a descarga para o mar de “60.500 toneladas do veneno com metais pesados que provocam cancro”.

Apesar de estarem sensibilizados para a falta de água na região, consideram que “há outras soluções” relacionadas com “a diminuição das perdas de água” e a “aposta na reutilização das águas residuais”.

Presente também na conferência de imprensa, Albida Ferreiro, que pertence ao grupo de Estrangeiros no Algarve, estava em representação da família de origem espanhola que é proprietária dos 12 hectares onde se pretende construir a nova unidade transformadora de água salg...