Apesar do risco de default estar superior ao de ontem, Portugal desceu um lugar no “clube” dos dez de maior risco no mundo, porque a situação da Argentina se agravou. Juros mantêm-se acima de 7% na dívida a dez anos.
Portugal desceu para 6º lugar, sendo “ultrapassado” pela Argentina no ranking dos 10 países com situações de risco de default mais graves, segundo o monitor da CMA DataVision.
O sobe e desce entre Portugal e a Argentina ocorre há já algum tempo, devido à proximidade do nível de avaliação do risco, ainda que sejam situações distintas. Apesar desta descida, o nível de risco aumentou para mais de 33%, um valor superior ao do fecho de ontem.
Na frente dos juros da dívida no mercado secundário, as yields (juros implícitos) nas Obrigações do Tesouro (OT) portuguesas a cinco anos continuam acima de 6,4% (ainda que abaixo do máximo no fecho de ontem de 6,42%) e no caso das OT a dez anos continuam a variar dentro do patamar dos 7%, entre um mínimo de 7,06% e um máximo de 7,18%. De momento estão em 7,08%, segundo dados da Bloomberg.
No campo do risco de default, a atenção hoje está concentrada no Egito, cujo risco subiu acima de 24%, tendo o país subido para o 9º lugar no referido ranking de dez países.
Jorge Nascimento Rodrigues/ Expresso
