Procura pelas cantinas sociais tem vindo a aumentar

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Já imaginou querer comer e não ter dinheiro? E querer cozinhar, mas não ter condições que o permitam? Ou até mesmo ficar doente, não ter apoios ou família e não conseguir assegurar as refeições básicas? Talvez já tenha pensado nisso ou apenas na forma de um pesadelo. Estas situações são mais comuns do que se imagina e pairam, sobretudo, sobre os idosos ou indivíduos com um contexto social desfavorável. É aí que entram as cantinas sociais, uma resposta que assegura, atualmente, refeições diárias a 565 pessoas na região. Para saber mais sobre o Programa de Emergência Alimentar no Algarve, fomos conhecer um dos centros comunitários que garante ajuda alimentar a 25 agregados. Sem esta ajuda, tudo seria mais difícil

As primeiras cantinas sociais na região algarvia surgiram em junho de 2012, com a criação do Programa de Emergência Alimentar (PEA), inserido na Rede Solidária de Cantinas Sociais, que tem com objetivo garantir às pessoas e/ou famílias que mais necessitam, o acesso a refeições diárias gratuitas que se destinam, geralmente, ao consumo no domicílio.

À data, segundo dados oficiais do Centro Distrital de Faro da Segurança Social (SS), fornecidos em exclusivo ao JA, existem 22 protocolos no âmbito do PEA, em 11 concelhos algarvios, entre os quais Albufeira, Castro Marim, Faro, Lagoa, Lagos, Loulé, Portimão, Olhão, Tavira, Silves e Vila Real de Santo António.

Para além dos protocolos referidos no âmbito do PEA, existem ainda oito acordos de cooperação de Refeitório Social/Cantina Social nos concelhos de Albufeira, Loulé, Olhão, Portimão, São Brás de Alportel, Tavira e Vila Real de Santo António.

Atualmente, a nível regional, a Segurança Social contabiliza um total de 565 pessoas que estão a beneficiar do apoio das cantinas sociais. Numa perspetiva familiar, são 409 os agregados que usufruem, diariamente, desta ajuda.

De acordo com o Centro Distrital de Faro da SS, a maioria dos beneficiários da rede, no Algarve, são pessoas em situação de desemprego, sem rendimentos ou pensionistas.

A afluência a esta rede solidária na região, de forma geral, tem vindo a aumentar nos últimos anos, informação que é confirmada pela Segurança Social. “Denota-se um aumento nos pedidos de integração em Refeitório/Cantina Social, que se refletiu no alargamento dos protocolos celebrados e consequentemente no aumento das refeições atribuídas”, atesta aquele organismo.

Neste sentido, é de recordar que no passado mês de março, o Centro Distrital de Faro celebrou 22 adendas ao protocolo de colaboração no âmbito da convenção da rede solidária de cantinas sociais para o PEA com instituições particulares de solidariedade social do distrito.

730 refeições diárias de janeiro a junhoAs adendas celebradas permitem capacitar a região algarvia para servir um total de 730 refeições diárias, durante o 1.º semestre de 2024, como medida complementar de apoio alimentar, avançava nessa altura a Segurança Social.

Questionado sobre se o número de pessoas em situação de emprego a frequentar as cantinas sociais na região também tem vindo a aumentar, o Centro Distrital de Faro assegura, por outro lado, que “no âmbito das matérias específicas que se mantêm na esfera da intervenção da Segurança Social, não se verifica o aumento do número de pessoas empregadas encaminhadas para a resposta de Cantina Social”.

No processo de seleção dos indivíduos para a condição de beneficiário de uma cantina social, são consideradas situações já sob apoio social (desde que o apoio atribuído não seja no âmbito alimentar); situações de desemprego múltiplo e com despesas fixas com filhos; famílias/indivíduos, com baixos salários e encargos habitacionais fixos; famílias/indivíduos, com doença...

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