O grupo extremista Boko Haram voltou a atacar, em Gamboru Ngala, no nordeste da Nigéria, na fronteira com os Camarões. Testemunhas contaram à agência France Press que os atacantes chegaram em veículos blindados e carrinhas pintadas com as cores da polícia e do exército.
O ataque da última segunda-feira, só foi divulgado hoje. Os atacantes do Boko Haram fizeram “300 mortos” de acordo com o senador Ahmed Zanna, eleito por aquela região. Queimaram o mercado, a alfândega, a esquadra da polícia e quase todas as lojas da cidade.
O Boko Haram ataca a população em retaliação pelo seu apoio às forças armadas nigerianas, que há um ano procuram acabar com as incursões violentas desta organização islamita que já fez milhares de vítimas na Nigéria.
A população local batizou o grupo extremista “Jama’atu alis Sunna lid Da’awati wal Jihad” de Boko Haram. Estes radicais querem implementar um estado islâmico nesta zona da Nigéria, um país com 170 milhões de habitantes, metade dos quais são católicos.
Mais onze jovens raptadas
Gamboru Ngala fica na província de Borno, território controlado pelo grupo radical islamita. Foi aqui que foram sequestradas mais de duas centenas de adolescentes no dia 15 de abril. A maioria ainda continua nas mãos dos raptores.
Na madrugada da última terça-feira, 6 de maio, mais onze raparigas, entre os 12 e os 15 anos foram levadas de suas casas sob coação.
A violência e o terror causados pelo grupo estão a causar alarme a nível global. Na internet já 280 mil pessoas assinaram uma petição online para a libertação das estudantes e a tag#BringBackOurGirls já foi partilhada mais de um milhão de vezes na rede social Twitter.
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