São as primeiras eleições livres da história do país, e a mais importante da Primavera Árabe. Egípcios vão decidir que vai ser o sucessor de Hosni Mubarak. Amr Mussa e Abdel Fotouh são favoritos entre 12 candidatos.
Além do novo Presidente do Egito, 50 milhões de eleitores estão hoje a escolher também, de alguma forma, o modelo de Estado que desejam. As funções do Chefe de Estado eleito serão definidas por uma Constituição a escrever. Doze candidatos, uns islamitas, outros mais laicos, disputam o cargo de sucessor de Hosni Mubarak.
As assembleias de voto abriram pelas 8h (7h em Lisboa) no Egito para as eleições presidenciais, são as primeiras desde a queda de Hosni Mubarak, derrubado em fevereiro de 2011. Filas de cidadãos foram-se formando junto às diversas assembleias de voto no Cairo, ainda antes da abertura das urnas que devem encerrar pelas 20h locais.
De acordo com as últimas sondagens, há pelo menos quatro candidatos favoritos. Dois laicos e dois islamitas. Amr Mussa, ex-secretário-geral da Liga Árabe e ministro os Negócios Estrangeiros de Mubarak é aquele que terá mais apoios. Os demais são Abdel Fotouh, antigo Irmão Muçulmano; Ahmed Shafik, o último primeiro-ministro de Mubarak, que prometeu pacificar as ruas e tirar o país da ruína económica, e Mohamed Morsy, o candidato oficial da Irmandade Muçulmana,que conta com muitos apoios na população.
Os resultados da primeira volta devem ser anunciados a 27 de maio, e segundo os observadores, é provável que haja uma segunda volta em 16 e 17 de junho.
Alguns dos candidatos centraram a sua campanha no voto feminino, considerado chave nestas eleições. Além do papel do Islão, a segurança nas ruas e a crescente crise económica têm sido os temas de campanha. Mas nenhum dos candidatos ousou falar sobre o futuro papel da Junta Militar que até aqui governa o país.