O primeiro número do Jornal do Algarve foi publicado a 30 de março de 1957, faz esta quinta-feira, precisamente, 60 anos.
Seis décadas depois, fomos ouvir alguns dos primeiros nomes que escreveram para este semanário, contribuindo para dar voz à região e para, segundo as regras estabelecidas por José Barão, defender e lutar pelo desenvolvimento do Algarve.
Na edição especial aniversário, que está nas bancas esta quinta-feira, pode ficar a conhecer um pouco mais da história do Jornal do Algarve, a sua importância para a região, bem como histórias curiosas contadas por quem tinha que informar numa altura em que o regime tinha mão pesada e era preciso ter muito cuidado para não ferir a sua “sensiblidade”.
Fique a saber como era escrever no tempo da Censura e da PIDE e como é que se conseguia contornar estes obstáculos, manter a população informada e, ao mesmo tempo, defender a Região.
Frases soltas
Carlos Albino: “O Jornal do Algarve foi pioneiro na questão do turismo, do ensino, ao promover o primeiro inquérito ao ensino na região, lançou um movimento em defesa da criação da Universidade do Algarve, apesar de um grupo de pessoas de Faro defender que era suficiente um instituto politécnico. Os primeiros textos em defesa do ordenamento do território surgiram no Jornal do Algarve”.
Horácio Neves: “Se não tivesse havido Jornal do Algarve não tínhamos o Algarve que temos hoje. Lutou sempre para que o Algarve deixasse de ser só paisagem. O Jornal do Algarve deu voz a todas as necessidades que o Algarve sentia naquela altura”.
João Leal: “Foi uma autêntica pedrada no charco. O Jornal do Algarve não era um jornal de Vila Real de Santo António, mas sim um jornal da Região. E, hoje, é um património de toda a região”
Humberto Gomes: “Valia, sobretudo, pelo cuidado na informação e pela forma como dava mais consciência aos leitores.E o valor do Jornal do Algarve estava na qualidade dos colaboradores que tinha, mas, essencialmente, na liderança da figura de José Barão”
