67 anos depois…

…e a “Crónica de Faro” mantem-se presente nas páginas de “Jornal do Algarve” (o “Times”, como o fundador, o saudoso jornalista algarvio José Barão, o apelidava). É-o desde o número n.º 1, surgido em Março de 1967, então da autoria do poeta Casimiro de Brito, um jovem activista e militante cultural, então em plena ascensão literária com “Os Cadernos do Meio Dia”, o Prisma – página literária de “A Voz de Loulé (sua terra natal, «os Jograis… e hoje um dos nomes maiores da poesia europeia.

Foi com o Casimiro que tudo começou e é com a reinventação do seu espírito que prosseguimos, subscritas mais de duas mil crónicas, até que as capacidades o permitam, pois como pediu o “patrão José Barão”, à beira da morte, na Casa de Saúde das Amoreiras (Lisboa) – “Não deixem morrer o Jornal do Algarve”.

Os conhecidos motivos com que naqueles anos se vivia em Portugal, levou Casimiro de Brito para distantes paragens e foi então que apareceu o “quadrado” como em Aljubarrota, onde militavam o saudoso Encarnação Viegas, o hoje um dos mais conhecidos escritores portugueses Mário Zambujal, o falecido João Socorro Domingues e o signatário. Ao grupo veio juntar-se, tempos volvidos a preciosa colaboração do médico farense, cuja saudade é uma constante e o Carlos Martins, antes da sua ida para Luanda.

“Crónica de Faro”, ocupando sempre o mesmo espaço (2.ª página) era uma referência e uma leitura aguardada nas manhãs de Domingo, que ao tempo ainda havia distribuição postal neste dia. Era uma fase, em que o «Times» cumpria na íntegra, tal como hoje, o espirito do seu fundador, que com um grupo de amigos (Manuel Álvares, Manuel Domingues e outros que recordamos) – ser um órgão da Região. Para isso dispunha de uma vasta rede de correspondentes e colaboradores, de que referimos: António Augusto Santos (Desporto), João Gomes (Olhão), Clara Neves (São Brás de Alportel), Raúl Rafael Pinto (Loulé), Sebastião Leiria, Ofir Chagas e Luís Horta (Tavira), Candeias Nunes (Portimão), Sargento Piscarreta (Lagos), etc. sem olvidar a colaboração que na Redacção, entre outros era dedicadamente prestada pelo Vitoriano Isidoro, o José Manuel Pereira, a sempre lembrada Bibita…

Tinha a base em Vila Real de Santo António pela plena viabilidade de aí se situar a excelência das instalações da Gráfica do Sul e esta referência me recorda o quanto sentia o Norberto, responsável pela composição e impressão naquela empresa.

Sem o vigor, nem o frenesi daqueles anos volvidos, reconhecemo-lo, “Crónica de Faro” continua, semana após semana, presente e hemos de prosseguir porque “o Jornal do Algarve”, não pode morrer!

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